REVISTA DRAGÕES dezembro 201639
BASQUETEBOLjogo torna-se mais rápido, mas tudo isto faz
parte do crescimento e da evolução de um
jogador, por isso só tenho de trabalhar todos
os dias para estar sempre bem preparado”,
prosseguiu Pedro Oliveira, cujo aspeto
franzino (1,77m e 73kg) pode enganar os
mais desatentos. “Tenho noção de que a
minha estatura e o facto
de não ser muito forte
fisicamente faz com que
sinta mais dificuldades
em certos momentos, mas
procuro compensar isso
de outras formas. Tento
ser mais inteligente e mais
rápido, usando também a
minha capacidade técnica.
Sei que tenho de trabalhar
e dar mais do que os outros,
não é fácil, mas tenho a
ajuda de todos os meus
companheiros, que estão
sempre a dar-me confiança
e a incentivar. O ambiente no balneário é
fabuloso e esse é um dos nossos pontos mais
fortes enquanto equipa.”
A ALCUNHA, O TÍTULO E OS ÍDOLOS
“Uma vez, era eu Mini ou Iniciado, e tínhamos
vários exercícios de drible e mudanças de
direção. A minha treinadora na altura, a
Daniela Gomes, disse-me que eu gostava
era disso, de driblar e de fazer mudanças de
direção a driblar, metendo a bola por baixo das
pernas ou por trás das costas. Basicamente,
disse-me que só sabia fazer truques com a
bola. A partir daí, toda a gente me começou a
chamar Truques. Até hoje”. Palavra de Pedro
Oliveira, que assim nos explica a origem de
uma alcunha que resistiu ao tempo.
Aposta de Moncho López para suprir as
ausências de Brad Tinsley e Jeff Xavier, o
base não poupou nas palavras no momento
de eleger o objetivo maior para 2016/17. “Na
época passada assumimos
que íamos lutar pelo título,
mas pouca gente acreditava
em nós além de nós
próprios. Fomos campeões
e esta época queremos
sê-lo novamente, não o
escondemos de ninguém.
É mais difícil repetir
do que conseguir uma
primeira vez. Fizemos um
grande trabalho na época
anterior, mas agora temos
novos desafios e temos
de trabalhar ainda mais
para conseguirmos ganhar
outra vez”, afirmou Pedro Oliveira, fã de
LeBron James (Cleveland Cavaliers), Stephen
Curry (Golden State Warriors) e do grego
Milos Teodosic (CSKA Moscovo), e aluno do
primeiro ano do curso de Desporto no ISMAI.“Sei que tenho de
trabalhar e dar
mais do que os
outros, não é fácil,
mas tenho a ajuda
de todos os meus
companheiros,
que estão sempre
a dar-me confiança
e a incentivar.”