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coaching por Eduardo Shinyashiki
TER NO QUADRO DE COLABORADORES PROFISSIONAIS
COM IDADES VARIADAS É UMA REALIDADE E AS
CORPORAÇÕES ENFRENTAM O DESAFIO DE ALINHAR
VALORES E CÓDIGOS DE COMUNICAÇÃO MUITO DISTINTOS
Gerações DIFERENTES,
objetivos SEMELHANTES
já que correm o risco de perderem
aquilo que foi conquistado ao longo
dos anos como cargos, posições e
benefícios. Esse comportamento não
muito maleável dificulta o poder de
inovação e está atrelado ao medo das
rápidas e complexas mudanças no
contexto profissional, pessoal e mun-
dial. Dessa forma, pode surgir uma
enorme ansiedade em provar que pos-
suem as capacidades e competências
adequadas no trabalho, e assim sendo
impactados diretamente com desmo-
tivação para conhecer novas soluções,
ferramentas e técnicas inovadoras.
As gerações mais novas, nascidas
entre 1971 e 1999, acreditam que ao
fazer diferente vão conquistar posi-
ções novas e melhores, uma vez que
não foram muito explorados e há um
leque de oportunidades. Entretanto,
demonstram muitos questionamen-
tos às experiências dos mais velhos,
tendendo a agir com certa teimosia,
justamente por esse ímpeto inovador
e destemido que apresentam.
De fato, tudo é um risco, mas a
questão é estar com a cabeça aberta
a um comportamento diferente e ino-
vador. E isso inclui descobrir aquilo
A maioria desses profissionais
tem o mesmo objetivo: ascender na
carreira e contribuir com o sucesso
do todo. No entanto, nem sempre
eles conseguem entrar em um acordo
quando pensam nos meios para che-
gar a uma solução. Esse gap compor-
tamental é um dos principais desafios
encontrados pelos líderes atuais, uma
vez que essa interação de gerações
não depende do cargo. Pelo contrá-
rio, já é muito comum encontrarmos
líderes mais novos que os liderados,
ou seja, os profissionais precisam,
urgentemente, encontrar pontos de
referência e valores para nortear as
ações das equipes multigeracionais.
Além de moldar novos modelos es-
tratégicos, equilibrando questões
como inovação, desafios, competiti-
vidade e estabilidade de negócio.
Para que isso funcione, é funda-
mental entendermos um pouco das
quatro gerações e suas principais
diferenças. Por exemplo, as pessoas
nascidas entre 1940 e 1970 podem
entender as mudanças como aconte-
cimentos negativos, que muitas vezes
são encaradas de forma ameaçadoras
e vividas como pressões indesejadas,
N
ão é de hoje que identifica-
mos diversas gerações que
trabalham juntas, mas pos-
suem enormes dificuldades
para encontrar a sinergia entre elas.
Muitas são as mudanças tecnológi-
cas, descobertas científicas e acadê-
micas que impactam diariamente na
vida profissional e pessoal dos indi-
víduos como um todo.
Além desse cenário, a transforma-
ção de pensamento, comportamen-
to e de atitude das novas gerações
aconteceu de forma muito rápida e
complexa perante as demais. Assim,
podemos dizer que existe um gap
comportamental entre as pessoas de
diferentes idades, que de certa forma
faz com que os indivíduos se encon-
trem mais desconcertados, com a
sensação de que perderam o controle
sobre o significado e a finalidade da
própria vida e do papel profissional.
Atualmente, em grande parte das
EMPRESAS ENCONTRAMOS PROlSSIONAIS
de quatro gerações. Todos interessados
em solucionar os mesmos problemas,
porém maneiras distintas, pois eles têm
valores, motivações, expectativas e có-
digos de comunicação muito diferentes.