Psique - Edição 135 (2017-05)

(Antfer) #1

dossiê


42 psique ciência&vida http://www.portalcienciaevida.com.br


A


lguns adultos podem
apresentar dificulda-
des de comunicação,
de entendimento, de
leitura, de interpretação. Muitas
vezes, não possuem hábitos de es-
tudo, leitura e acham as palestras,
os treinamentos, as apostilas algo
muito chato.
É preciso trabalhar de forma
a resgatar, nesses colaboradores,
essas atividades. Precisam perce-
ber que o mercado está em cons-
tante mudança, muita informação
acontece de forma quase imediata.
Enquanto, por exemplo, a pessoa
aprende a utilizar um soft novo,
uma atualização já está sendo pre-
parada. Assim, não adianta fugir
do desenvolvimento, as coisas não
param porque a pessoa não conse-
gue acompanhá-las. Elas simples-
mente continuam e a pessoa fica
para trás. E a paciência de alguns
chefes e gerentes também se perde
nessa agitação.
Mais e mais dá-se valor aos co-
laboradores proativos, flexíveis,
comunicativos, criativos, organi-
zados e com foco em resultados.
Há uma crença de que com esse

perfil um colaborador tende ao
sucesso e, consequentemente, seu
trabalho é de qualidade para o
mercado. Contudo, nem todos são
assim e é possível desenvolver al-
gumas dessas habilidades.
Quando o psicopedagogo
acompanha os colaboradores em
seu desenvolvimento no traba-
lho, acaba observando o desem-
penho aquém de alguns e passa a
observá-los mais de perto. Às ve-
zes, faz descobertas incríveis, um
mau desempenho pode ocorrer
porque o colaborador não escu-
ta bem ou não enxerga bem, mas
não quer falar que precisa de ócu-
los ou de um aparelho de surdez.
E os motivos são vários: vaidade,
falta de recursos financeiros, falta
de tempo, medo de ser visto como
alguém que já não é tão perfeito
entre outros.

DDAs da empresa


E


xistem os casos dos portado-
res do distúrbio do déficit de
atenção. Muitos desses funcioná-
rios são dispensados porque a em-
presa desconhece o distúrbio, o
próprio DDA também. Algumas


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G
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dentro da empresa é um dos principais aspectos que


podem prejudicar o bom rendimento e o relacionamento


satisfatório de uma equipe de trabalho


vezes esses funcionários exercem
uma função que não condiz com
seus momentos de distração. Um
adulto DDA pode ser flagrado em
importante reunião com seu chefe
em um de seus lapsos de atenção,
o que pode não ser bem-visto. É
difícil para um DDA manter-se
concentrado em falas, ações e as-
suntos por menor que seja o tem-
po. Ele começa a dispersar. Esse
comportamento pode até causar
problemas de ordem interpessoal
na empresa.
Porém, o DDA tem algo muito
importante a oferecer para a empre-
sa: sua criatividade e seu entusias-
mo. Longe do trabalho monótono e
repetitivo, ele pode desenvolver, de
forma significativa, trabalhos liga-
dos à arte, criação, implantação de
projetos. Possui um funcionamen-
to mental diferente.
O psicopedagogo deve enca-
minhar esse funcionário a outro
especialista psicopedagogo para
um diagnóstico em conjunto com
o seu. É antiético tratar de um fun-
cionário que, na verdade, é um co-
lega de trabalho. Não se deve con-
fundir trabalho com clínica.

+HGIG


'$4gÉ* de tarefas


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