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do e sofrer as consequências desse dis-
túrbio como sonolência e irritabilidade.
Existe uma tendência genética no
perfil dessas crianças, que podem ter
pais que sofreram outras parassonias,
como o sonambulismo, por exemplo.
Em outros casos, há possibilidades de
o problema estar associado a uma ima-
turidade no sistema nervoso central, na
área responsável pelo padrão sono-vigí-
lia. Passeios e programas noturnos mui-
to agitados, para quem já é portador do
transtorno, podem aumentar as crises.
SONILÓQUIO: é uma parassonia
que se manifesta quando o portador
fala durante a noite. Geralmente, as
crianças são mais afetadas. As falas
podem ser monólogos ou conversas
desconexas, com frases e palavras que,
dia seguinte. Existem fatores de risco
para o desenvolvimento desse proble-
ma, como neuropatias e diabetes, e
há necessidade de exames específicos
para o diagnóstico.
BRUXISMO: o bruxismo, por sua
vez, ocorre quando, durante o sono,
a criança range os dentes, fecha-os
com força ou faz outros movimentos
bruscos com a boca. Pode ocasionar
dor facial, dores de cabeça, inchaço,
ferimentos nas gengivas e até mesmo
problemas odontológicos.
O transtorno geralmente é associa-
do ao estresse, ansiedade ou raiva, mas
também pode ser um sintoma de pro-
blema no sistema nervoso. O paciente
pode ser tratado por dentista e utilizar
uma placa que impede o movimento
brusco dos dentes e também por um
psicólogo, a fim de passar por terapias
de relaxamento.
TERROR NOTURNO: o chamado
terror noturno é uma parassonia que
afeta muitas crianças, principalmente
na fase de 2 a 5 anos, podendo atingir
bebês mais novos também. Segundo
alguns dados estatísticos, nessa faixa
etária o problema pode chegar a atingir
metade da população infantil.
As crianças menores manifestam
as crises com choros durante o sono.
Os mais velhos podem dar gritos, emi-
tir outros sons e ainda sentar na cama.
Para os pais é angustiante, porque, na
maioria das vezes, a criança parece ain-
da estar dormindo e não os reconhece,
podendo chorar compulsivamente du-
rante 15 a 20 minutos.
Diferentemente dos pesadelos que
ocorrem no fim da madrugada, o terror
noturno acontece bem no meio da noi-
te, antes do sono REM, ainda podendo
a criança, em alguns casos, ter pesadelos
mais tarde. No dia seguinte, não se lem-
bram das crises.
Crianças que passam por crises fre-
quentes e mesmo mais de uma por noite
podem ter o padrão de sono bem altera-
Durante o sono, a memória não para. Nesse
período, ela seleciona o que irá reter e o que
irá descartar, deletando todo conteúdo que
considera “menos significativo”. Portanto, é
nessa hora que as informações adquiridas
durante o dia se consolidam
IMAGENS: 123RF E SHUTTERSTOCK
Hormônio do crescimento
Produzido pela hipófise, pequena glându-
la que fica localizada na parte inferior do
cérebro, o hormônio do crescimento, con-
forme o nome autodefine, é imprescindível
para proporcionar o crescimento físico. Em
contrapartida, a deficiência em sua produção
no organismo é a grande responsável pelas
ocorrências de nanismo, ou seja, pela estatu-
ra muito baixa de algumas pessoas. Já se for
produzido em excesso, ocasiona acromega-
lia, o crescimento exagerado de pés, mãos,
nariz e orelhas.
Pesadelos são sonhos ruins que ocorrem no estágio REM e como essa fase se alterna com a NREM, é
possível ter até seis pesadelos por noite