INTRODUÇÃO
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sempre consciência do comprometimento do homem com a moral, nas suas ações,
atividades, projetos e planos. Os atos do presente serão julgados no futuro e as atitudes
serão avaliadas como corretas ou incorretas. A ética garante que o homem seja útil e
produtivo, e dá-lhe força para lutar pelo seu aperfeiçoamento, que nunca será completo
[7]. No capítulo seguinte faz-se um enquadramento conceptual da investigação, onde se
tecem algumas considerações relativamente à dinâmica existente no ambiente
organizacional, entre os recursos humanos e tecnológicos.
1.2 ENQUADRAMENTO
Inicialmente os recursos tecnológicos eram entendidos como apenas mais um suporte
às operações das organizações. Mas, com o passar do tempo, passaram a ter um caráter
mais estratégico. Porém, apesar do aumento da importância do papel dos recursos
tecnológicos nas organizações, os ganhos em produtividade não acompanham esse
crescimento, considerado por muitos investigadores como o paradoxo da produtividade
[8]. Henderson e Venkatraman afirmam mesmo que, a principal causa deste problema
está relacionada com a incapacidade que as organizações têm para alinhar
estrategicamente os seus recursos tecnologicos com o próprio negócio.
As organizações procuram sistemas que integrem os departamentos, e que permitam
controlar os seus recursos de forma a obterem uma melhoria contínua dos seus produtos
e serviços.
No entanto, a internet tem sofrido uma transformação dramática nos últimos anos,
um pouco devido ao aparecimento das redes sociais. Permitem a qualquer pessoa
publicar textos, voz, vídeos e áudio na internet para potencialmente serem consultados
por todo o mundo. Para as organizações, este meio de comunicação social transformou-
se numa nova ferramenta de marketing, de vendas e prestação de serviços aos seus
clientes. Ao aproveitarem o potencial das redes sociais, os colaboradores interagem
com os clientes relativamente aos produtos e à própria organização.
A utilização das redes sociais para fins laborais é normalmente bem aceite. No
entanto, os colaboradores usam-nas para assuntos pessoais, o que tem vindo a preocupar
os empregadores. Este tipo de utilização, aumenta nas organizações o risco de perda de
reputação, perda de moral, ações judiciais, penas fiscais e perda de segredos comerciais,
que oferecem aos concorrentes vantagem competitivas. Como forma de minimizar este
risco, são recomendadas políticas de utilização das redes sociais de forma a alinhar a
sua utilização com os objetivos comerciais da organização.
Todos nos habituámos a utilizar a tecnologia disponível no local de trabalho para
outros fins que não os estabelecidos pelos empregadores. Embora muitas vezes
desencorajados pelos mesmos, consultamos as notícias, fazemos compras on-line, ou
enviamos e-mails pessoais no local de trabalho.