Dossiê Superinteressante - Edição 404-A (2019-07)

(Antfer) #1

A invasão


dos robôs


UMA BOA MEDIDA da temeridade que
foi anunciar, em 1961, um projeto de
levar gente à superfície da Lua é que
pracamente do que cercava a viabi-
lidade da empreitada era desconhecido
na época. Poderiam asonautas lidar
com a ausência de peso por vários dias
durante a jornada? Seria possível tolerar
o ambiente de radiação interplanetária
sem ficar doente? O desconhecido era
tão grande que não se sabia sequer se
era mesmo possível pousar na Lua e

Antes que astronautas pudessem andar na Lua, missões
não tripuladas tiveram de abrir caminho, mapeando o solo e
garantindo que nada que pousasse lá afundaria em seguida.

U

onde o terreno seria mais favorável para
uma tentava.
Até então, a melhor forma de fazer
reconhecimento do solo lunar era por
telescópios, que só permiam enxergar
“detalhes” com pelo menos 300 meos
de comprimento. Para pousar uma na-
ve de poucos meos, essa resolução
era essencialmente inúl. Além disso,
não se sabia sequer a consistência do
solo lunar. Havia quem pensasse que
qualquer coisa que pousasse na Lua
poderia simplesmente afundar, como
se esvesse sobre areia movediça.
Seria preciso, portanto, determinar
que condições seriam enconadas por
lá antes de colocar humanos a caminho
da superfície. E quem começou na fren-
te foi, para variar, a União Soviéca. A
primeira sonda não ipulada de sucesso
a ser enviada para lá foi a Luna 2, que
colidiu com o satélite naral em 14 de
setembro de 1959. (Pois é, naquela épo-
ca colidir já era considerado sucesso.)
Em seguida, veio a Luna 3, a primeira
a fotografar o lado afastado da Lua, em
Foto: divulgação 7 de oubro de 1959.


CORRIDA


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