PARTE It A Civilização Egípcia
técnicas de construção, ao arregimento de operários para as obras. Cabia ain-
da aos escribas, donos do conhecimento, o controle da chegada de materiais
das pedreiras via Nilo, os cálculos e medições de altura e ângulos e o projeto
de posicionamento das câmaras dentro da estrutura. Eles também escolhiam
olocal para a construção, sempre de acordo e com o patrocínio econômico
do faraó reinante.
A prática e os estudos cada vez mais apurados desenvolvidos pelos suces-
sores de ImHotep deram origem a ideias mais ousadas e, principalmente, mo-
numentais. Parecia que os céus eram o limite para os construtores de pirâmi-
des e que por meio delas alcançariam as estrelas. Desse modo, numa primeira
etapa, o formato da pirâmide de degraus de Djoser evoluiu para a tradicional
pirâmide de face lisa — formada internamente por uma pirâmide de degraus,
revestida por fora com a face inclinada. A novidade surgiu no reinado de
Huni, último faraó da 3ª Dinastia.
Huni, no entanto, não viveu o suficiente para vê-la pronta e sua conclusão
foi feita por Snefru, primeiro faraó da 4ª Dinastia. Na verdade, é preciso ressal-
tar, a pirâmide de Huni começou a ser construída como se fosse uma pirâmide
tradicional de degraus. Posteriormente, foi revestida com a face lisa. Especia-
listas acreditam que, talvez pela inexperiência com o novo desenho, os escribas
egípcios responsáveis pela obra tenham errado no método de colocação das pe-
dras do revestimento exterior, e nas bases da sua estrutura.
A tese justificaria o fato de a pirâmide ter cedido algum tempo depois e as
suas paredes lisas exteriores desmoronaram — da pirâmide restaram somente
a torre interna de degraus circundada por grandes camadas de escombros do
revestimento caído.
A Escrita
A escrita ilustrada facilitou sobremaneira a compreensão da civilização egípcia.
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