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(Oficina dos Filmes) #1

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PEDRO: Sim. E o que é que tem?

JOÃO: Triângulo, Pedro. Não lembra o símbolo que a gente viu
pela manhã na praia? É o mesmo símbolo que apareceu no meu
sonho.

PEDRO: Ah! Sim. Você até me falou que teve um sonho, mas
acabou não contando nada. Como foi?

JOÃO: Eu sonhei que estava deitado em uma espécie de maca
suspensa no ar. Eu estava todo amarrado, com fios de aço
passando por cima de mim, nem conseguia me mexer direito.
O lugar parecia um quarto de hospital, mas era bem estranho,
totalmente fechado, sem nenhuma janela e cheio de lâmpadas,
bastante iluminado. Tinha vários aparelhos tecnológicos que eu
nunca vi, com um monte de botão.

PEDRO: Você estava só?

JOÃO: Não. Tinha um homem e uma mulher. Eles eram brancos,
altos e vestiam um macacão preto colado; de lycra, eu acho.
Pareciam pessoas normais, mas se comunicavam em uma língua
totalmente diferente. Não dava pra entender nada.

PEDRO: E o que eles fizeram?

JOÃO: Eles vieram em minha direção com algo na mão parecendo
uma injeção. Quando chegaram próximos, eu comecei a gritar. Aí
acordei!

PEDRO: Que sonho mais bizarro.

JOÃO: E tem outra coisa.

PEDRO: O quê?

JOÃO: No macacão deles, tinha o desenho de um símbolo igual
àquele formado pelos bancos na praia.

PEDRO: Oxe! Isso é coincidência, cara. Você tá impressionado
e agora vai ficar vendo triângulo em todo lugar, mas não é bem
assim. Daqui uns dias, você esquece isso e tudo volta ao normal.

JOÃO: Tomara. Porque tudo está muito bom do jeito que está.
Nada precisa mudar!
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