86
AKIN: Cada um tenta uma senha. Pra mim, tem cara de 666666.
Ela já parece o capeta mesmo.
GABRIEL: Disgraça, véi! E se o celular dela for daqueles que tira
foto de quando erra a senha?
AKIN: Como assim? Que porra é essa?
GABRIEL: O celular do meu pai faz isso.
LÉO: Agora não tem outra saída. Vamos ter que roubar o celular.
PEDRO: E dois dias depois a polícia pega a gente. Massa!
AKIN: Ah! Vai tomar no cu! Você quem teve a ideia.
PEDRO: Mas quem fez a merda foi você.
GABRIEL: Fudeu, véi. Fudeu pra caralho.
LÉO: Minha mãe vai comer meu cu.
AKIN: Cala a boca. Deixa eu pensar... Já sei. A gente pode falar
que o Gabriel passou mal e eu tentei ligar pra SAMU.
GABRIEL: Mas eu tô bem, porra!
LÉO: A gente pode quebrar o braço dele.
PEDRO: Opa! Eu posso fazer isso. Eu faço isso por nós.
Akin segura nos ombros de Gabriel. Diz olhando nos seus olhos:
AKIN: É pivete... hoje você se fudeu!
Eles começam a rir enquanto Gabriel, com a mão na cabeça, senta na
cadeira próxima à mesa.
INT ∙ SALA DE AULA ∙ DIA
A porta da sala se abre. Vemos a professora olhando para os meninos
com um semblante sério.
Akin, Gabriel, Léo e Pedro ficam paralisados olhando para a
professora.