Dragões - 202105

(PepeLegal) #1

REVISTA DRAGÕES ABRIL 2021


“Aprendi a chegar cada vez mais à área e,


apesar de rematar bem, acho que podia


rematar ainda mais durante o jogo. É sempre


uma motivação extra marcar, quando fazes


o primeiro queres logo marcar o segundo.”


decidida num jogo. Claro que tem
de se ganhar o campeonato ou
conquistar a Taça de Portugal
para a disputar, mas depois
o título é decidido num jogo.
Encarámos esse jogo dessa
forma: Vamos agarrá-lo, este
clube merece, nós merecemos
e todos os adeptos também.
Foi uma alegria imensa.


As suas respostas vão sempre
dar ao plano coletivo, que é
sempre o mais importante.
Em equipa se joga e em
equipa se ganha?
Ainda agora passei pelo corredor
e vi uma frase do Costinha que
diz: “No FC Porto, o que importa
é o coletivo”. É a maior das
verdades. Se a equipa estiver
bem, o individual vai sobressair.
Ao longo dos anos tivemos
muitos craques a jogar aqui,
este ano temos imensos, mas no
FC Porto só interessa a vitória.
Só depois se pensa no individual.


Além dos golos, o seu papel é
fundamental para o jogo da
equipa nos dois extremos do
campo. Quando olha para trás
e analisa o seu percurso, foi
sempre para isto que trabalhou?
Trabalhei para jogar a um nível
alto, penso que estou a jogar a
um bom nível. Consigo perceber
algumas coisas que não percebia
há uns anos. Essencialmente,
trabalhei para conquistar títulos,
para jogar a este nível e para
marcar a minha presença no
FC Porto. Foi o que sempre quis
ao longo dos anos, assentar aqui
e que me olhassem como uma
referência, tanto pelos adeptos
como pelos jogadores da formação.
É isso que quero continuar a fazer.

Na tática de Sérgio Conceição,
sem um médio defensivo
fixo, acaba por fazer várias
posições numa... É algo com
que se sente confortável?
Não é fácil jogar no 4-4-2,

principalmente com a exigência
que o mister pede. Tens que ser
um médio intenso e perceber
o que o mister quer. É muito
exigente, cobra-te ao metro, aliás,
ao centímetro, porque não estavas
bem posicionado. Mas é essa
exigência que nos faz competir
ao mais alto nível. O mister
tem um papel preponderante
na nossa equipa e no clube.

E também na sua evolução?
Sem dúvida, não é a primeira vez
que o digo. Teve um papel crucial
na minha evolução como jogador
e espero que continue a ter.

As contas do campeonato
certamente não estão como a
equipa quereria que estivessem
por esta altura, mas não seria a
primeira vez que recuperaria de
uma desvantagem considerável...
Nós queremos estar sempre em
primeiro. Ao longo da época
existem percalços, mas estamos

em todas as frentes. Era bom sinal
se isso acontecesse todos os anos,
sabemos que não é fácil. Temos
uma distância grande, sabemos
disso e não nos sentimos bem
nesta posição. Nesta casa, não é
normal. Sentimos uma enorme
revolta e tristeza, mas ao mesmo
tempo sentimos que tudo é possível.
Tivemos um ou outro jogo em
que perdemos pontos não só por
culpa própria e que mexeu um
pouco com a equipa. Estamos de
cabeça erguida e vamos à luta.

Curiosamente, uma das
frases mais marcantes da sua
última entrevista à DRAGÕES
foi “desistir não é comigo”, foi
mesmo o título da capa. A frase
também se aplica à equipa?
A palavra desistir não entra no
nosso balneário. Tenho a certeza de
que ninguém irá atirar a toalha ao
chão, isso não é possível no FC Porto.
Acredito plenamente que podemos
e vamos lutar pelo título até ao fim.
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