História em Foco Especial - Edição 15 (2019-07)

(Antfer) #1
N

o dia 20 de julho de 1969, numerosas famílias
ao redor do mundo se reuniram em frente
aos televisores para acompanhar o primei-
ro passo do homem fora de nosso planeta.
A transmissão era precária, mas não impediu o êxtase
dos expectadores que acreditavam presenciar um fato
histórico. Contudo, há quem pense que tudo não passou
de uma fraude: os conspiradores atestam que esse feito
heroico, na verdade, foi uma encenação promovida pelos
Estados Unidos (EUA).
Quem defende a conspiração diz que tudo foi uma
produção ao melhor estilo hollywoodiano com direção
do diretor Stanley Kubrick e cenas filmadas em um estú-
dio de TV no estado de Nevada, em solo americano.
Guillermo de Castro, astrônomo especialista em física
espacial, diz que a missão faz parte de uma promessa do
ex-presidente John Kennedy em 1962. Teorias dizem que
a NASA não tinha condições de realizar o feito, mas, para
cumprir o compromisso político, optou pela fabricação
das cenas. “A corrida espacial era um peão no xadrez da
Guerra Fria, e a promessa deveria ser cumprida a qual-
quer custo”, declara.

Onde está a farsa?
Atualmente, não dá para negar que o homem já foi
para o espaço, que os satélites estão em órbita e que son-
das estudam o universo. Entretanto, os teóricos explicam
que a “mentira” está apenas na aterrissagem. A missão
Apollo 11 realmente existiu e os três astronautas foram
enviados ao espaço sob os aplausos de mais de três mil
pessoas.
Os estudos da atividade sísmica lunar também são
inegáveis. Alguém precisou implantar o sistema de ob-
servação sísmica no solo da Lua para permitir as análi-
ses. “Os conspiradores alegam que uma sonda realizou

esse trabalho com a precisão necessária, mas essa seria
a prova de que a tecnologia da NASA já permitia o envio
de uma estrutura com passageiros que pousasse na Lua”,
afirma Castro.
As principais justificativas da teoria referem-se às fo-
tos da data. Castro acredita que esses argumentos de
observação implicam desconhecimento da física e da as-
tronomia. O astrônomo Renato Las Casas, completa di-
zendo que nunca viu uma foto que não fosse facilmente
explicada.

Observações possíveis
O destaque para os desconfiados é a bandeira dos
EUA tremulando em solo lunar, onde não há gravidade.
Castro explica que a bandeira se contorceu em resposta
aos movimentos aplicados para fixar o mastro no solo.
Eles teriam virado a bandeira para esquerda e direita,
provocando o balanço.
A falta de estrelas, mesmo na ausência de atmosfera,
também causa desconfiança – os corpos celestes deve-
riam ficar mais nítidos, já que a atmosfera não encobriria
o brilho. Essa falta justifica-se porque o filme deveria ficar
exposto por mais tempo para registrar o brilho estelar,
mas as roupas brancas e a alta intensidade da luz solar
não permitiram essa exposição. Isso poderia danificar os
únicos registros do momento.
Um motivo para não acreditar na conquista é a ausên-
cia de novas missões. “A exploração espacial continuou,
mas ficou estagnada com acontecimentos como a Guer-
ra do Vietnã e a crise econômica norte-americana, encer-
rando o programa espacial em 1975”, diz Castro.

CONSULTORIA
Guillermo de Castro, astrônomo especialista em física espacial; Renato Las
Casas, astrônomo

ação!


Lua, câmera...


Será que os seres humanos realmente
chegaram à Lua? É possível que seja
tudo encenação? Conheça as teorias
que cercam esse fato histórico

TEXTOS RICARDO PICCINATO E HELENA OMETTO/COLABORADORA
ILUSTRAÇÕES RICARDO AVANCINI/COLABORADOR


CONSPIRAÇÃO


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