Galileu - Edição 351

(JABSS2000) #1

pelaOrganizaçãodas Nações Unidas(ONU)paramostraraimpor-
tância do maior bioma do planeta.Eacredite: os sons também po-
dem ser indicadores relevantes da situaçãodaquelesque vivem
em ambientes subaquáticos.


Éoque estão analisando cientistas brasileiros que monitoram, des-
de fevereiro, golfinhos-rotadores que descansam na Baía dos Gol-
finhos deFernando de Noronha.Foiinstalado um únicomicrofone
na água, que gravaráosruídos desses mamíferos24 horaspor dia,
durante um ano.Acada quatromeses,oaparelho serátrocado por
outro, eosque foremsubstituídos serão levados ao laboratório
paraestudo da amostrasonora. “Esse grupo degolfinhos sereúne
semprenaquele lugar.Equeremos descobrir por que isso aconte-
ce,além de saber quando eles chegameoque estãoconversando”,
explica oengenheiroeprofessor Linilson Padovese,coordenador
do Lacmam. “Vamosavaliar,aolongodeumano,qualéaflutuação
no númerodessa população.Conforme oprojeto seguir,estuda-
mosapossibilidade de instalar mais microfones.”


ABaía dos Golfinhos chegaareunir até2mil animais em um dia.
Como osom éosentido mais importante paraesses cetáceos, o
objetivoéentender seus hábitos, bem como avaliaroimpacto do
ruído de barcos. Otrabalhoéconduzido pelo veterinárioRaul Rio
Ribeiro, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora,em
Minas Gerais, epós-doutorando em acústica subaquática no La-
cmam. Segundo ele,oprojeto ainda se expandiráparaoMéxico,
em parceriacomaUniversidade NacionalAutônoma do Méxicoe

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