Dianteira recebeu
mudanças discretas
no para-choque e
até faróis são novos
sentar o pedal da embreagem, posso
garantir que agora a Renault acertou
- afinal, é a terceira tentativa, após o
automático de quatro marchas (em
- e o automatizado Easy’R (2015).
Nada daquela sensação de ligar um li-
quidificador, típica dos câmbios CVT:
graças às seis marchas simuladas, o
hatch é bem menos irritante.
Para quem procura conforto e vida
mansa, pouco importam os 12,3s que
o Sandero, sempre com o motor 1.6
16V de 118 cv e 16 mkgf, precisou para
chegar aos 100 km/h na nossa pista de
testes. Mesmo assim, bem melhores
que os 13,3 s do Toyota Etios 1.5, rival
mais próximo em preço e proposta
(com um defasado câmbio aposen-
tada do Corolla). Já o consumo, com
médias de 10 km/l na cidade e 13,4
km/l na estrada, só é razoável.
Pena que os engenheiros da marca
tenham se esquecido de atualizar al-
gumas outras pendências do Sandero,
como a direção com assistência ele-
tro-hidráulica, pesada para mano-
bras e imprecisa a velocidades mais
altas. Já a suspensão, emprestada do
Stepway, deixa a carroceria rolar nas
curvas e basta alguma ondulação no
asfalto para balançar como barco.
Pensando nisso, talvez seja até bom
que o motorista não consiga desligar
o controle eletrônico de estabilidade,
que será oferecido só nas configura-
ções automáticas e na versão RS. No
começo até pensei que essa babá ele-
trônica fosse daquelas bem introme-
tidas, mas bastaram algumas voltas
para notar que o hatch tem tendência
a sair de frente e traseira razoavel-
mente solta em trechos sinuosos.
Talvez esses problemas passaram
despercebidos porque a Renault es-
tava preocupada em consertar outros
defeitos: agora dá para acionar todos
os vidros pela porta do motorista e a
central multimídia tem Android Auto
e Apple CarPlay. Ótima notícia: todas
as versões ganharam airbags laterais,
cinto de três pontos e apoios de cabe-
ça para quinto ocupante de série.
Não há muitas novidades no aca-
bamento, que continua simples como
Falta velocímetro digital no computador de bordo. Entre-eixos de 2,59 m é digno de modelos de segmentos mais caros
TESTE | RENAULT SANDERO 1.6 16V INTENSE CVT
30 QUATRO RODAS AGOSTO