mendados nos deram uma certeza: as
peças são demasiadamente expostas
a impactos, frágeis e caras.
Com boa parte do histórico de uso
devidamente relembrado, vamos ao
grand finale: o desmonte.
PERGUNTAS E RESPOSTAS Após rodar
num trecho de cerca de 5 km para
uma última verificação, nosso con-
sultor técnico e responsável pelos
desmontes, Fabio Fukuda, estava
pronto para dar início às medições.
Tudo certo com os níveis de pressão
de óleo. Em marcha lenta, Fukuda
registrou 10 psi (ante um mínimo
tolerado pela Toyota de 8,5 psi). A
2.500 rpm, registrou de 21,3 psi ante
tolerância de um mínimo de 19,9 psi.
A verificação da linha de combustível
também apurou números positivos.
De acordo com o manual de repara-
ção da Toyota, é considerada normal
a pressão entre 44,1 e 49,8 psi – o
nosso Prius estava exatamente com
49,8 psi. Apenas a pressão de com-
pressão dos cilindros não pôde ser
aferida. “Esse tipo de medição só é
possível com a utilização de um equi-
pamento da Toyota, capaz de intera-
gir com a central eletrônica do carro
e dar a partida no motor a combus-
tão”, explicou Fukuda. Preferimos
sacrificar a obtenção dessa informa-
ção a liberar para a fábrica o acesso
ao carro. No entanto, foi aplicado o
teste de estanqueidade dos cilindros,
injetando ar comprimido nas câma-
ras de combustão com os pistões em
PMS (Ponto Morto Superior). A varia-
ção de perda de pressão entre eles foi
considerada normal, abaixo dos 10%.
ALTA-TENSÃO NA MANUTENÇÃO “Por
conta das baterias, a chance de ocor-
rer um acidente fatal durante a manu-
tenção de carros híbridos e elétricos
é grande, mas não podíamos correr
o risco de submeter quem quer que
fosse da equipe a uma descarga elétri-
ca. Especialmente o nosso consultor,
Fabio Fukuda, que recebeu da Toyota,
a pedido da QUATRO RODAS, um
treinamento com todas as instruções
de segurança a serem tomadas duran-
te a manutenção do Prius. “Por isso
mesmo, ele foi o único autorizado a
aplicar o processo de desconexão da
bateria de alta-tensão”, diz o redator-
-chefe, Zeca Chaves.
CARVÃO ATIVADO
Ao abrir o cabeçote, encontramos as válvulas de admissão
com nível de acúmulo de material carbonizado acima do
esperado para o motor de um carro com 60.000 km rodados.
PNEUS
A necessidade de troca por conta do
fim da vida útil aos 50.000 km levou à
compra de um jogo de pneus novos (R$
1.545).Mas o que incomodou mesmo
foi o fato de a rede ter feito o rodízio de
modo diferente do que manda a Toyota
em todas as revisões programadas.
AGOSTO QUATRO RODAS 75
CARROCERIA
Ainda que com farta aplicação de materiais de absorção de som
e calor e isenta de qualquer sinal de invasão de poeira ou água, a carroceria
veio parar nos itens merecedores de atenção. Culpa das placas defletoras
de ar dianteiras. De plástico fininho, são extremamente expostas a
impactos, frágeis e caras (pagamos R$ 1.550). E o serviço de funilaria
encontrado na rede também não valoriza a boa construção da carroceria.
Após o reparo por conta de uma colisão, nos devolveram o carro todo
desalinhado. Todo mesmo: até o limpador traseiro foi montado errado!
antfer
(Antfer)
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