Crusoé - Edição 179 (2021-10-01)

(Antfer) #1

centro-esquerda, vencedor da eleição do domingo, 26. Scholz já disse que
pretende se unir com o Partido Verde e com os liberais para formar um
novo governo, mas outras combinações são possíveis.


Apesar de as possibilidades permanecerem abertas, a futura composição
do Parlamento, o Bundestag, já indica tendências ao consolidar
sentimentos compartilhados também por eleitores de outros países. Com
novos temas ganhando peso no noticiário do pós-pandemia, os alemães
buscaram políticos pragmáticos e com experiência em resolver
problemas. Ao fazer isso, muitos abandonaram os partidos populistas
radicais.


Os dois partidos radicais que perderam força são o de extrema-esquerda
Die Linke e o de extrema-direita Alternativa para a Alemanha, o AfD. O Die
Linke, fundado em 2007, abriga comunistas nostálgicos em relação à
Alemanha Oriental, rejeita o capitalismo e defende a saída da Alemanha
da Organização do Tratado Atlântico Norte, a Otan, e sua substituição por
um pacto com a Rússia de Vladimir Putin. Em 2017, o Die Linke teve 9,2%
dos votos. Neste ano caiu para 4,9%, o que é abaixo do patamar mínimo
para entrar no Parlamento. O Die Linke só terá direito a estar no
Bundestag porque venceu em três distritos. A outra agremiação
extremista que perdeu espaço, o AfD, caiu de 12,6% para 10,3% dos votos.
Com isso, o AfD passou de terceiro maior partido para o quinto lugar.


Reprodução


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