AF MULHERES FERIDAS 150x220 V2_bx (2)

(BROOK) #1
Mulheres feridas, nas mãos do Senhor

com quem escolheu passar dez oprimidos anos de sua vida. Com
ele veio a ter outros filhos, e a cada filho que nascia, crescia em
Cecília o ciúme e o sentimento de rejeição, e embora os irmãos
fossem unidos, o sentimento de que eles fossem mais amados
do que ela batia‑lhe fortemente em sua alma, todos os dias. E
agora perguntava‑se, onde eles estariam? Ela estava ansiosamente
precisando deles ali no hospital, para abraçá‑la e para dizer‑lhe
que tudo ficaria bem, mas eles não estavam.


Por Ângela viver mais ausente do que presente, Cecília
acreditou por inúmeras vezes que teria que terminar de criar seus
irmãos, com isso, o sentimento materno também começava a
fluir em sua alma. Ainda uma adolescente, o medo passou a ser
rotina em sua vida, pois as escolhas da mãe fizeram com que ela se
tornasse uma menina rebelde e infeliz.


Ângela havia escolhido uma vida de criminalidades, a sua
escolha fez com que pessoas rejeitadas pela sociedade, como
ladrões, prostitutas, transexuais, assaltantes de banco, traficantes
frequentassem continuamente a sua casa.


Ângela acreditou que fazendo assim traria uma vida melhor
para os seus sete filhos, roupas caras, brinquedos caros, uma casa
aconchegante, alimentação adequada, nada lhes faltava, exceto amor
de mãe, segurança, paciência, sabedoria e educação nos caminhos
de Jesus. As recordações de Cecília continuaram; desta vez, mais
intensas, lembrou‑se de uma madrugada, na qual todos acordaram
com um barulho no telhado, e muitos passos pelo quintal. Não
sabiam exatamente do que se tratasse, de repente viram através
das janelas que havia muitos polícias armados invadindo a sua
casa, eles não demonstravam uma aparência amigável, entraram
porta adentro, gritando e exigindo que lhes entregassem as drogas,
todos estávamos apavorados, seus irmãos, tão pequenos, queriam

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