AF MULHERES FERIDAS 150x220 V2_bx (2)

(BROOK) #1
Mulheres feridas, nas mãos do Senhor


  • Central.

  • Entendi, fique tranquila, que dará tudo certo. Eu vou somente
    aguardar o meu marido chegar em casa, e logo estarei aí, ok?

  • Ok...


Cecília mais aliviada recolocou o telefone no gancho, e ao
voltar as costas ao orelhão, pensou que naquele momento seria
bom ter a sua mãe ali consigo. O relacionamento entre as duas não
era muito amigável, e raramente se falavam, com os anos as duas
se distanciaram muito por via dos contínuos desentendimentos,
mas desta vez era diferente, ela ansiava desesperadamente por ter
sua mãe ali com ela. Girou‑se novamente verso o orelhão e discou
os números, ouviu o som de chamada, e novamente esperou que
houvesse uma resposta, era tarde, provavelmente a senhora Ângela
estivesse dormindo, pois geralmente ela tomava calmantes muito
fortes; contudo ela insistiu na ligação, o telefone chamou, chamou,
e não houve nenhuma resposta imediata.


Não desistiu, insistiu até que do outro lado da linha ouviu‑se
uma resposta:



  • Alô!

  • Alô! Mãe?

  • Quem é? – Perguntou‑lhe.

  • Cecília! Sou Cecília, mãe.


Cecília? Que horas são, o que aconteceu?


  • É tarde! São três horas da manhã. Mãe, eu estou no hospital
    com Clarice, ela não está bem. Eu sei que é tarde, mas preciso
    tanto de você aqui comigo. Por favor, me ajude.

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