A
região hidrográfica corresponde a 2,2% do território nacional e
abrange 464 cidades de quatro estado: São Paulo, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul (incluindo as regiões metropolitanas de
Florianópolis e Porto Alegre).
A população é de 13 milhões de habitantes, segundo o IBGE, e, na maior
parte, urbana (88%), com uma densidade demográfica 3 vezes maior do
que a média brasileira. A localidade está dividida em três unidades, em que
predominam rios de pequeno porte, que escoam diretamente para o mar.
O trecho tem grande relevância para o país por abrigar elevado número
de habitantes, além do desenvolvimento econômico e da importância
turística. A vazão compreende 3% da média nacional.
O maior problema da região é quantitativo, com 61% da disponibilidade
hídrica por extensão de rios em situação preocupante, crítica ou muito
crítica. Por exemplo, Porto Alegre se destaca por apresentar problemas
de qualidade da água, em razão da elevada concentração populacional
e da demanda para irrigação.
O maior uso dos cursos d’água é para a irrigação, representando 66%
do total. Em seguida, a aplicação industrial, com 19%. Em todas as
unidades da região ocorrem cheias frequentes, que afetam, sobretudo,
as populações carentes das cidades.
Quanto às estiagens, as manifestações são eventuais e disseminadas ao
longo da maior parte da região, não sendo possível destacar uma área
específica onde elas ocorrem. Entre os principais temas de destaque
para a região, estão a contaminação por rejeitos da criação de animais.
Outro ponto a ser analisado é a carga orgânica doméstica no esgoto,
além da alta demanda para irrigação. Ü
6 ATLÂNTICO SUL
Vista panorâmica de
Florianópolis, em Santa Catarina
A partir do balanço hídrico realizado
pela Agência Nacional de Águas, de
2013, constatou-se que a Atlântico
Sudeste conta com cerca de 85%
da extensão dos principais rios em
situação satisfatória. Ao todo, 12%
dos trechos de rios apresentaram
alguma situação crítica. É importante
ressaltar que, na região hidrográfica,
as cheias são comuns em algumas
bacias, como nas do Rio Doce e do
Paraíba do Sul.
Historicamente, alagamentos
são registrados nas planícies de
inundações dos rios da Atlântico
Sudeste. Como existe ocupação de
algumas cidades nessas áreas, os
eventos de cheias podem causar
grandes prejuízos humanos e materiais.
n Shutterstock
n Shutterstock
Vista aérea da cidade
do Rio de Janeiro