Mundo em Foco Extra - Água (2019-07)

A “destilação multiestágios” utiliza vapor em alta

temperatura para fazer com que a água do mar sofra

ebulição. O líquido passa por diversas fases, em várias

células de ebulição­condensação, o que garante alto

patamar de pureza.

Já a “dessalinização térmica”, caracteriza­se por ser

um dos processos mais antigos, ao imitar a circula­

ção natural da água. O modo mais simples, chamado

de destilação solar, é usado em locais quentes, com a

construção de tanques cobertos com vidro ou algum

material transparente. A luz solar atravessa o vidro, faz

evaporar a água do líquido bruto, cujas gotículas se con­

densam na parte interna e voltam a se transformar em

água, que escorre para um sistema coletor, separando o

líquido dos demais elementos. Em lugares frios ou com

carência de espaço, o procedimento pode ser feito por

meio da geração de calor através de energia.

O método do “congelamento” consiste no resfria­

mento da água do mar, com a produção de gelo puro,

sem sais. Em seguida, com o descongelamento, ob­

tém­se água doce. O processo não foi testado em lar­

ga escala. Contudo, existem propostas para a explo­

ração das calotas polares (que contêm grande parte

da água doce do mundo) para o recolhimento de água

pura. Como ponto negativo, destaca­se o valor eleva­

do para possibilitar a potabilidade do líquido.

Por falar em cifras, a dessalinização pode ser viável

para países que não possuem muitas reservas, como

a Arábia Saudita, Israel e Kuwait. Em regiões como a

Ilha de Chipre, a água do mar abastece a população e

serve para recuperar os lençóis freáticos. A retirada de

sais fornece alternativa, por exemplo, para a tripula­

ção de navios e exploradores que promovem pesqui­

sas em regiões desprovidas de água doce. Ü

Instalações de uma usina que emprega o processo

de osmose inversa para retirar sal da água em Israel

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