Mundo em Foco Extra - Água (2019-07)

(Antfer) #1

CAPÍTULO 06 LEGISLAÇÃO


bater as emissões de gases estufa
e auxiliar no desenvolvimento sus­
tentável. As reuniões deram fruto
ao documento chamado “Mandato
de Berlim”, que determinou o perío­
do de dois anos de análise e fase de
avaliação para as medidas elabora­
das em conjunto.

No ano seguinte, foi a vez de
Genebra, na Suíça, receber as de­
legações para as discussões acerca
dos recursos naturais. Na COP 2,
ficou estabelecido que as nações
participantes não deveriam bus­
car soluções em conjunto. Cada
país deve ter a liberdade para esta­
belecer as metas mais relevantes
para a própria situação. Nas reuni­
ões, os integrantes manifestaram
o desejo de determinar objetivos
em médio prazo.

Secretário-geral da ONU, Ban Ki-
-moon, e o presidente da França,
François Hollande, na abertura da
COP 21, em Paris

O ano de 1997 marcou uma
etapa importante nas discussões
sobre o tema, com a promoção da
COP 3, sediada na cidade japonesa
de Kyoto. Em razão da conferência,
foi assinado um protocolo no qual,

pela primeira vez, estavam registra­
das metas obrigatórias de emissões
de gases de efeito de estufa em 37
países industrializados. Após várias
rodadas de negociação, o tratado
entrou em vigor, em 16 de fevereiro
de 2005, mesmo sem a anuência de
vários países­membros da ONU.

A quarta Sessão da Conferência
das Partes, em 1998, na capital ar­
gentina, Buenos Aires, foi importante
para aumentar os esforços de pre­
paração para a entrada em vigor do
Protocolo de Kyoto. Desse modo, ela­
borou­se o pacote de metas que ficou
conhecido como o “Plano de Ação de
Buenos Aires”. Assim, foi agendado
um período de dois anos para escla­
recer e desenvolver ferramentas para
a entrada em vigor do documento
assinado no ano anterior.

COP 21


n Frederic Legrand/ COMEO

Cada encontro da Conferência das Partes
traz discussões e avanços em determinados se­
tores. Em 2015, na COP 21, realizada na capital
francesa, uma coalizão que envolveu governos,
organizações, empresas e sociedade civil anun­
ciou a criação do Pacto de Paris sobre Água e
Adaptação à Mudança Climática.

Segundo os integrantes da reunião, o projeto
tem a intenção de fazer com que os sistemas de
águas se tornem mais resistentes aos impactos
do clima. A iniciativa inclui mais de US$ 1 bi­
lhão em financiamentos e assistência técnica.

Para a jornalista Paulina Chamorro, espe­
cializada em meio ambiente e apresentadora
do programa “Planeta”, veiculado pelas rádios
Eldorado e Estadão, com a ratificação, os paí­
ses signatários assumiram um compromisso
importante. “Cada nação será cobrada local­
mente pelas autoridades, ONGs e sociedade ci­
vil para que o Pacto de Paris seja implantado.
Desse modo, os países terão que fazer a ‘lição
de casa’ para mostrar números consistentes, no
próximo ano, em relação às metas estabeleci­

Chanceler alemã, Angela Merkel,
durante atividades da COP 21,
na capital francesa, em 2015

n Frederic Legrand/ COMEO
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