® Cruzoé 193 [Riva] (2022-01-07)

(EriveltonMoraes) #1

À esquerda, o


brasileiro Eliel (com gorro vermelho), logo atrás de Jenny


O resto da história foi contado pelas câmeras de segurança. Quinze


minutos após os congressistas serem orientados a deixar a sessão do


Colégio Eleitoral por segurança, Rosa e Jenny foram vistos entrando no


prédio sem autorização. Os passos da dupla por sete ambientes foram


reconstituídos graças às imagens gravadas. Como os dois não destruíram


objetos nem atacaram policiais, eles receberam penas mais brandas. Eliel


confessou ter invadido um local público sem autorização e ter promovido


desordem. Pegou um ano de liberdade condicional, foi obrigado a pagar


uma multa de 500 dólares e a prestar 100 horas de serviços comunitários.


Ao negociar com os promotores, o brasileiro evitou a acusação mais
grave, a de obstruir um procedimento oficial — no caso, a reunião do
Colégio Eleitoral para sacramentar o resultado das urnas. Caso contrário,
ele poderia ter sido condenado a até vinte anos de prisão. Quem não teve


a mesma sorte foi o “viking do Capitólio”, Jacob Chansley, condenado a 41


meses de prisão. Fantasiado com chifres, pele de urso e portando uma
lança e um megafone, ele se tornou o invasor mais emblemático. Sua
sentença foi a mais dura entre os que confessaram a culpa.


Em paralelo às ações do Departamento de Justiça, a líder dos democratas
na Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, montou em julho do ano
passado uma comissão bipartidária para investigar o episódio. Dos nove

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