Eficiência Energética - Fundamentos e Aplicações

(FelipeAVSI) #1
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: FUNDAMENTOS E APLICAÇÕES

No primeiro caso, quando um investidor possui um capital e deseja apli-
cá-lo, evidentemente ele não vai aplicar em um projeto que possua uma taxa
de rentabilidade menor do que outra aplicação já existente no mercado, já que
esta última apresenta pouco risco ou, em outras palavras, ele só irá aplicar o seu
capital em um projeto com taxa de retorno se esta for maior que em aplicações
garantidas comumente encontradas no mercado. Já o segundo caso poderá ser
esclarecido supondo-se que o capital a ser investido seja obtido junto ao mer-
cado, a um custo de uma determinada taxa de juros, considerando que o pro-
jeto possua um determinado nível de risco, a taxa mínima de atratividade não
deverá ser menor que o custo do capital adicionado ao risco do investimento.
Note-se que o risco pode atuar tanto negativamente como positivamente sobre
o projeto e, sendo assim, deve-se considerar a pior alternativa.


Uma análise que embute o conceito da TIR, tendo as mesmas limitações,
é a de custo-benefício. Esta é, como explicita o nome, a relação entre o custo
total atual, ou anual, pelo benefício total atual, ou anual. É bastante comum,
em empreendimentos energéticos, utilizar-se índices, para comparação entre
investimentos ou simples acompanhamento, que são, na verdade, a relação cus-
to-benefício. Matematicamente pode-se demonstrar esta afirmação quando, na
expressão do fator de valor presente, o período de análise assume valores muito
grandes. No limite, quando n tende a infinito, a expressão do valor presente fica.


Se i é a taxa interna de retorno, tem-se, realmente, que esta está direta-
mente ligada à relação benefício-custo, ou custo-benefício:


5.2.4. Tempo de Retorno de Capital


O critério do tempo de retorno de capital, ou payback, é, sem dúvida, o
mais difundido no meio técnico para análises de viabilidade econômica, prin-
cipalmente devido à sua facilidade de aplicação. Nestes termos fala-se do cha-
mado payback não descontado, isto é, um procedimento de cálculo onde não
se leva em consideração o custo de capital, ou seja, a taxa de juros. Esta análise
é feita apenas dividindo-se o custo da implantação do empreendimento pelo
benefício auferido. Em outras palavras, este critério mostra quanto tempo é ne-
cessário para que os benefícios se igualem ao investimento.


O tempo de retorno descontado é o número de períodos que zera o valor
líquido presente, ou anual, do empreendimento. Neste caso, a taxa de juros ado-
tada é o próprio custo de capital.

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