Danielle Steel - As Irmãs PT

(Carla ScalaEjcveS) #1

pai declarou que tanto ele como Annie estavam óptimos. Disse que iria fazer o jantar para
os dois, o que queria dizer aquecer uns crepes chineses congelados e preparar uma sopa
instantânea. Sabrina sorriu. A voz dele parecia mais animada do que estivera durante toda
a semana. E o pai disse que Annie estava a ajudá-lo. Já tinha posto a mesa. Os dois eram
crianças de novo. Por agora, era o melhor que qualquer um dos dois conseguia fazer.
Chris estava a levar uma enorme caixa com jogos para cima, até à sala comum do piso
superior, quando Sabrina se cruzou com ele nas escadas enquanto descia. Chris lançou-lhe
um beijo e disse que a casa estava a ficar óptima. Sabrina sabia que sim, mas não ainda.
Ainda havia muita coisa para fazer e aguardavam-nos vários dias de trabalho. Além do
mais, era suposto que elas se mudassem oficialmente para a casa nova na noite seguinte.
Sabrina estava a pensar em pedir a Candy e a Annie que esperassem mais uma semana
antes de se mudarem para lá, para que ela e Chris pudessem terminar de fazer a
mudança. Annie não conseguiria aguentar-se ali, com caixas e caixotes por todo o lado e
toda a casa numa confusão desgraçada. Não conseguiria encontrar o caminho
contornando os obstáculos. Quando Annie chegasse, tudo teria que estar arrumado e no
seu lugar, para que ela fosse capaz de aprender onde estavam as coisas. Isso era óbvio
para Sabrina.
Candy telefonou às sete e meia e disse que tinha encontrado um amigo no health club.
Queria saber se Sabrina se importava que ela fosse jantar com ele. Contou que já não o via
há seis meses, desde que ele se mudara de Paris. Ou seria que Sabrina e Chris queriam
que ela lhes levasse alguma coisa para o jantar?
Sabrina respondeu-lhe que não se importava e que podia encomendar uma piza pelo
telefone. Disse a Candy que não iria voltar para Connecticut nessa noite e se Candy
quisesse, poderia dormir na casa da cidade, se conseguisse encontrar os lençóis que
trouxera na mala, que Sabrina sabia serem Pratesi. Os dela foram comprados nos saldos
da Macy's, mas na sua opinião eram óptimos. Candy disse que voltaria mais tarde.
Segundo o palpite de Sabrina iriam jantar ao Cipriani Downtown e provavelmente iriam
depois até uma discoteca. Candy já não saía com os amigos há bastante tempo e as
últimas semanas tinham sido duras para ela. Não ficou muito aborrecida com isso, pois a
irmã atrapalhava mais do que ajudava. Era mais fácil não a ter ali a meter-se no seu
caminho.
— Porque não a obrigaste a voltar para nos ajudar? — perguntou Chris, parecendo
atónito.
Achava que Sabrina era demasiado branda com as irmãs, e muitas vezes elas
aproveitavam-se, porque ela não se importava de fazer tudo sozinha e estava sempre
disposta a perdoá-las.
— Achas mesmo que a Candy nos ia ajudar em alguma coisa? Iria estragar as unhas
acabadas de arranjar e passaria duas horas ao telefone. Prefiro ser eu mesma a fazer tudo.
— É por isso que ela não aprende — censurou-a Chris. — És demasiado permissiva com
ela.
— É por essa razão que não tenho filhos — respondeu Sabrina, simplesmente — nem
quero ter. Seria uma péssima mãe.
— Não serias nada. Serias óptima. E és fantástica com a Candy. Só acho que precisavas de
ser um pouco mais firme e mais exigente. Elas são-no contigo. Por que razão hás-de ser tu

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