Danielle Steel - As Irmãs PT

(Carla ScalaEjcveS) #1

— Mas que grupo! — exclamou Brad com admiração. — A vida aqui deve ser fantástica.
Por um momento, Brad esqueceu as circunstâncias trágicas que os haviam juntado. Não
havia nelas nada de trágico.
— Na realidade é fantástica — afirmou Annie, sorrindo de felicidade. — No início,
senti-me um pouco nervosa com esta ideia, mas está a resultar muito bem.
— O que é que é fantástico? — perguntou Candy ao juntar-se a eles.
— Vivermos juntas — explicou Annie. — Estás vestida?
— Estou — respondeu Candy a rir. — Estou de roupão e com o meu barrete de Natal.
Pensei que podíamos sair esta noite para comprarmos a nossa árvore de Natal.
Apesar do que lhe acontecera, Candy estava imbuída do espírito natalício. Sentia-se
tremendamente grata por ter sobrevivido.
Brad não conseguia parar de olhar para Candy. Nunca vira uma mulher tão bonita em toda
a sua vida. E ela estava perfeitamente descontraída e não era nada convencida. Era como
qualquer outra rapariga da idade dela, só que cem vezes mais bonita. Com a excepção de
que, à sua maneira, Brad achava que Annie era tão bonita como a irmã. Era mais baixa e
tinha uma beleza mais suave, mas adorava o seu cabelo ruivo e o corte de fauno que ela
usava.
— Comprei a minha árvore ontem à noite — disse Brad, quando Candy o convidou para
descer ao andar de baixo para tomar uma chávena de chá.
Ele hesitou, mas era difícil resistir a passar mais uns minutos na companhia delas.
Acompanhou Candy até à cozinha no piso inferior e Annie seguiu logo atrás dele e os três
foram atacados pelo cheiro.
— Oh meu Deus — exclamou Candy, enquanto Annie explicava a situação a Brad.
— A senhora Shibata come uns horrorosos picles japoneses. Cheiram a qualquer coisa
morta.
Brad riu-se com gosto ao ver a loucura que corria naquela casa. A senhora Shibata
inclinou-se numa vénia profunda quando eles entraram na cozinha e guardou o frasco dos
picles. Tinha acabado de pôr algas nas tigelas dos cães e Candy agarrou nelas de imediato,
explicando a Brad que as algas que a empregada dava aos cães faziam-nos vomitar.
— Pensei que tinha dito que não gostava de cães — disse Brad, voltando-se para Annie.
— E não gosto. Os cães não são meus. Pertencem às minhas irmãs.
— A Zoe é minha — disse Candy, pegando na yorkie ao colo.
Beulah parecia ter ficado ofendidíssima, voltou as costas e sentou-se. Brad curvou-se para
brincar com ela e Juanita tentou atacá-lo de novo, mas no fim acabou por desistir e
lambeu-lhe a mão.
— Também devia arranjar um — disse Brad para Annie.
Já antes lhe sugerira que arranjasse um cão-guia, mas Annie não se mostrara
entusiasmada. Por fim, Annie admitiu a Brad que ter um cão-guia a identificaria de
imediato como uma pessoa cega onde quer que fosse. Num local público ou num
restaurante poderia guardar a bengala quando se sentasse. Era uma vaidade de que Annie
ainda não estava preparada para abdicar.
Brad foi-se embora pouco tempo depois, encantado com a sua visita. Gostou de conhecer
Candy, adorou ter conversado com Annie e mal podia esperar para conhecer as outras
irmãs. Brad telefonou a Annie no dia seguinte e convidou-a para jantar três dias mais

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