— Talvez. Só me parece cedo de mais para o meu pai voltar a casar-se.
— As pessoas fazem coisas estúpidas quando estão apaixonadas — afirmou ele com
sensatez e depois mudou de assunto, começando a falar sobre outros temas.
Paul era oriundo do Maine, adorava velejar e contou a Candy sobre as suas aventuras
competitivas.
Partilharam um táxi até à cidade e quando ele a deixou em casa, prometeu-lhe que lhe
telefonaria da próxima vez que estivesse em Nova Iorque. Paul iria regressar à
Universidade de Brown no dia seguinte e esta situava-se em Rhode Island. Iria ficar lá até
à sua licenciatura em Junho. Era bom para Candy dar-se com alguém da sua idade, para
variar. Uma pessoa envolvida em actividades saudáveis, que frequentava a universidade e
que fazia coisas adequadas à sua idade.
Quando Candy entrou em casa, toda a gente tinha saído. Sabrina estava a trabalhar mais
do que nunca, agora que já não namorava com Chris. Tammy andava doida com o seu
programa; como sempre. E Annie parecia que cada vez se inscrevia em mais cursos na
escola e saía bastante com Brad aos fins-de-semana. Foi um alívio quando Paul convidou
Candy para ir visitá-lo na Universidade de Brown duas semanas mais tarde. Ia fazer uma
exposição do seu trabalho fotográfico. Foi um fim-de-semana fantástico para os dois e
Candy adorou conhecer os amigos dele. Ficaram todos atónitos quando perceberam quem
ela era, mas pela primeira vez todos a trataram como se ela fosse apenas mais uma garota
dali. Há anos que Candy não se divertia assim tanto e foi muito melhor do que as festas
que costumava frequentar em Nova Iorque.
Tammy andava a ter de novo reuniões com a administração da cadeia televisiva, quando
esbarrou com o homem que conhecera pouco antes do Natal, aquele que fora passar as
festas em St. Bart's com a família e nunca chegou a telefonar-lhe quando voltou. Tammy
também nunca achou que ele o fizesse, por isso não ficou desiludida. O rapaz voltou a
apresentar-se a Tammy depois de acabar a reunião da administração. Disse que se
chamava John Sperry e pediu-lhe desculpas por não ter chegado a telefonar-lhe.
— Estive afastado com gripe durante duas semanas — disse ele quando a viu.
Era uma desculpa chocha, mas era tão boa como outra qualquer. Tammy olhou para ele e
sorriu. Se ele fosse um tarado, ter-lhe-ia telefonado.
— Acha que eu estou a mentir, não acha? Juro, que estive mesmo doente. Quase apanhei
uma pneumonia.
Tammy quase que se riu dele. Já ouvira todas aquelas desculpas antes.
— Perdi o seu número de telefone. Também costuma acontecer comigo a toda a hora.
No entanto, ele também podia ter-lhe telefonado para o estúdio.
— Não tinha o seu telefone — lembrou-lhe ele, parecendo embaraçado. — Mas pensando
nisso, porque não me dá o seu telefone agora?
Tammy sentiu-se uma idiota ao dar-lhe o número de telefone. Assim como assim, não
tinha tempo para sair com ele. Estavam a ter milhões de problemas com o programa. O
contrato do apresentador estava a terminar e ele queria o dobro do salário. Já fora
alvejado uma vez e agredido por duas vezes. O homem achava que merecia um subsídio
extra para estar no programa e tinha lá as suas razões. O problema era que o público
adorava-o, o que lhe dava uma certa vantagem no momento. Tammy estivera a discutir o
problema com Irving Solomon e com a administração da estação televisiva a manhã
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1