Danielle Steel - As Irmãs PT

máquina de lavar com a ajuda de Sabrina.
Era em alturas como esta que Jane agradecia por ainda ter duas máquinas de lavar loiça.
Também ainda havia duas máquinas de lavar roupa e dois secadores de roupa. Houve
tempos em que não conseguiria dar conta do serviço se não fosse assim. Mas agora, na
maioria das vezes, quando estava sozinha com Jim, levava dias para encher as máquinas.
De uma maneira geral, punha-as a trabalhar muito antes de estarem cheias. Mas com as
filhas em casa, tudo voltaria a funcionar.
Com tantas mãos para ajudar, foram só precisos uns minutos para arrumarem a cozinha e
a mãe subiu as escadas a correr para ir buscar as chaves do carro e a mala. Regressou um
minuto depois, ao mesmo tempo que as outras três filhas se encaminharam na direcção
da piscina para irem ter com o pai, enquanto ela e Annie saíram pela porta das traseiras
para irem para o carro.
Jane pôs o motor da sua carrinha Mercedes a trabalhar partiu em conversa animada com
Annie. Esta contou a mãe sobre as aulas que estava a frequentar em Florença e sobre as
novas técnicas que aprendera. Baseavam-se todas em princípios antigos e estava até a
aprender como misturar as suas próprias tintas, em alguns casos com ovo.
— Achas que alguma vez vais regressar? — perguntou-lhe a mãe, tentando parecer
despreocupada. Annie sorriu.
Annie sabia que a mãe se sentia atormentada por ter nem que fosse só uma filha longe de
si.
— Talvez um dia, mas não agora — respondeu Annie com honestidade. — Adoro o que
estou a aprender lá e tenho uma vida muito boa. Aquele é um lugar fantástico para um
artista.
— Nova Iorque também o é — replicou a mãe, esforçando-se por não parecer insistente
em relação ao assunto. — Só espero que não fiques lá para sempre. Detesto ter-te tão
longe de mim.
— Não é assim tão longe, mãe. Posso apanhar um avião e chegar cá dentro de um dia,
caso alguma vez precise de mim.
— Não é isso. Eu e o teu pai estamos óptimos. Só que eu gosto de vos ver mais do que
apenas três vezes por ano, quando aqui vêm nas férias e nas festas. Nunca me parece
tempo suficiente. Não quero parecer ingrata e estou contente por teres vindo. Só gostava
que morasses mesmo ao virar da esquina, ou na cidade como a Sabrina.
— Eu sei, mãe. A mãe e o pai deveriam ir visitar-me. Florença é uma cidade tão bonita! Vai
ser difícil partir quando, finalmente, me decidir a fazer isso.
Annie não contou à mãe que Charlie estava a fazer planos para se vir embora e que ela
estava a pensar no assunto. Não queria dar à sua relação uma importância desmedida, em
especial aos olhos da mãe, que estava sempre desejosa de que Annie regressasse a casa. E
também não queria dar falsas esperanças à mãe.
Acharam com facilidade um lugar para estacionar o carro junto ao supermercado e
entraram juntas. Puseram os poucos artigos que pretendiam num carrinho e dirigiram-se
à caixa de pagamento rápido. Regressaram ao parque de estacionamento em menos de
cinco minutos. O tempo estava extremamente quente e ambas estavam ansiosas por
chegar a casa e darem um mergulho na piscina. Ainda faltavam muitas horas para a
chegada dos convidados. Jane estava desejosa de passar o dia com as filhas, em especial à