Danielle Steel - As Irmãs PT

mãe também se preocupava e pelas mesmas razões. Costumava dizer que a Tammy nunca
casaria se ficasse em LA e isso era uma das suas principais prioridades. A mãe achava que
o casamento e a família eram as melhores coisas que se inventaram depois do pão
cortado em fatias. Mas também bastava olhar para a pessoa com quem se tinha casado: o
pai delas.
— Não posso mudar-me só para conhecer um homem — respondeu Tammy, parecendo
enojada. — Isso é uma parvoíce. Além do mais, morreria de fome. Não posso prescindir da
minha carreira. Já ando neste meio há imenso temPo e dei muito de mim para
simplesmente voltar as costas e ir-me embora. Eu adoro o que faço. Não posso desistir
disso. E depois, talvez também nunca viesse a conhecer ninguém aqui. Talvez o defeito
seja meu.
— O defeito não é teu, é deles — garantiu-lhe Sabrina. — O teu mundo está cheio de tipos
esquisitos.
— Parece que me deparo com eles por todo o lado. Também costumava conhecer idiotas
chapados quando ia de férias. Eles são atraídos por mim como traças pela luz, como
abelhas pelo mel, ou como baratas pelo lixo, ou coisa que o valha. Se houver um imbecil
na área, eu encontro-o, acredita em mim. Ou então, encontra-me ele.
— De que estão vocês a falar? — perguntou Chris enfiando a cabeça pela porta da
cozinha.
Ele e Jim haviam acabado de regressar após uma longa ida à loja de ferragens. Chris
prometera consertar umas quantas coisas por toda a casa. Todos eles procuravam
distracções para se manterem ocupados e já que ia ali ficar durante mais três dias, pensou
que poderia dar uma ajuda. Chris gostava desse tipo de coisas.
— Estávamos a falar da minha vida amorosa inexistente. Sou a cabeça de lista do Clube
Namora-Um-Tarado. A sede fica em LA, mas eu abri sucursais em outras cidades também.
É um negócio bastante lucrativo, com imensos membros, quotas baixas, oportunidades
únicas na vida. Ficarias espantado.
Os três riram-se com o que Tammy estava a dizer, mas a sua irmã sabia que tudo aquilo
era verdade e ela própria também. Chris disse que sempre teve dificuldade em acreditar
que Tammy não conseguisse um bom sujeito. Era uma mulher linda, inteligente e tinha
uma vida esplêndida. Seria um bom partido e um chamariz para qualquer homem. Chris
afirmava que eram todos loucos.
— Um destes dias vais encontrar o homem certo — tranquilizou-a Chris.
— Não sei se ainda me importo com isso — respondeu Tammy e encolheu os ombros. —
A que horas vamos visitar a Annie? — perguntou ela, mudando de assunto.
— Depois do almoço, quando a Candy voltar do ginásio. Caso volte. Ela faz demasiado
exercício.
— Eu sei — respondeu Tammy com uma expressão preocupada no olhar.
Todos estavam sempre a comentar sobre o peso de Candy. Pelo menos, ela comia um
pouco melhor quando estava em casa, mas não muito. Estava sempre a vigiar o seu peso e
insistia em dizer que o seu sustento dependia disso. As irmãs lembravam-lhe que a sua
saúde também dependia disso. Tammy avisara-a de que acabaria por ficar estéril por
passar fome durante tantos anos. Isso ainda não constituía uma prioridade para Candy
neste momento. Mostrava-se muito mais interessada em manter-se no topo no seu ramo