Um lugar bem longe daqui

(Carla ScalaEjcveS) #1

seu lado.
— Ficou do meu lado! O que isso quer dizer? Me deixe em paz.
Kya segurou a mochila debaixo da axila e andou em direção ao barco, mas ele
a agarrou pelo braço com força.
— Kya, nunca vai ter ninguém como você, nunca. E eu sei que você me ama.
Ela arrancou o braço da mão dele.
— Você está errado! Eu nem tenho certeza se um dia te amei. Mas você falou
sobre casamento comigo, lembra? Falou sobre construir uma casa para a gente. Em
vez disso descobri no jornal seu noivado com outra pessoa. Por que você fez uma
coisa dessas? Por quê, Chase?!
— Qual é, Kya, para com isso. Era impossível. Você com certeza sabia que
não teria dado certo. Qual o problema com o jeito como as coisas estavam?
Vamos voltar para o que a gente tinha.
Ele a segurou pelos ombros e a puxou.
— Me solta!
Ela se contorceu, tentou se desvencilhar, mas ele a agarrou, machucando seus
braços. Encostou a boca na dela e a beijou. Ela jogou os braços para cima e
afastou as mãos dele. Puxou a cabeça para trás e sibilou:
— Não se atreva!
— Essa é a minha gata selvagem. Mais selvagem do que nunca. — Segurando-
a pelos ombros, ele acertou a parte de trás dos seus joelhos com uma das pernas e
a empurrou para o chão. A cabeça dela bateu com força na terra. — Eu sei que
você me quer — disse ele, com um olhar lascivo.
— Não, para! — gritou ela.
Ajoelhado, ele apoiou o joelho na barriga dela, deixando-a sem fôlego, ao
mesmo tempo que abria o zíper da calça jeans e a abaixava.
Ela se arqueou, empurrando-o com as mãos. De repente, ele acertou seu rosto
com o punho direito fechado. Um estalo nauseante ecoou dentro da cabeça dela.
Seu pescoço deu um tranco para trás e seu corpo foi jogado outra vez no chão.
Igualzinho a quando Pa batia em Ma. Sua mente ficou vazia por alguns segundos,
tomada por uma dor latejante. Então ela se contorceu e se virou, tentando se
desvencilhar de baixo dele, mas Chase era forte demais. Segurando os braços de
Kya acima da cabeça dela com uma das mãos, ele baixou o zíper do short e
arrancou a calcinha dela enquanto a garota o chutava. Ela gritou, mas não havia
ninguém para escutar. Chutando o chão, lutou para se soltar, mas ele a segurou
pela cintura e a virou de bruços. Empurrou seu rosto latejante no chão, enfiou a
mão por baixo da sua barriga e puxou o quadril para si enquanto se ajoelhava atrás
dela.
— Não vou soltar você desta vez. Goste ou não, você é minha.
Buscando forças em algum lugar primitivo, Kya empurrou o chão com os
joelhos e os braços e se levantou ao mesmo tempo que desferia o cotovelo para
trás bem no maxilar dele. Quando a cabeça dele foi jogada para o lado, começou
a socá-lo de qualquer maneira com os punhos até ele perder o equilíbrio e cair
para trás na terra. Então, mirando bem, deu-lhe um chute certeiro e forte no
saco.

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