Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

— Parecida.
— Não — respondeu a mulher. — Ninguém pediu nada. Não entrou
ninguém. Não apareceu mulher nenhuma. Só um homem. Ficou à espera ao pé
do elevador. Possivelmente, ia encontrar-se com um hóspede. Mas depois tive de
ir ao escritório. Não o voltei a ver.
Apontou para trás, na direção da porta de um escritório.
Reacher perguntou:
— Como era esse homem?
— Era pequeno. Estava de gabardina.
— Obrigado — retorquiu Reacher.
Voltou para junto das outras.
E disse:
— Vamos pelas escadas.
Neagley foi à frente, encostada à parede, com o pescoço esticado, a olhar
para cima. As escadas serpenteavam à volta do poço do elevador. Conseguiam
espreitar lá para dentro através do ferro forjado trabalhado em filigrana. Não
havia nada a mexer-se. Apenas correntes, cabos e um grande contrapeso de ferro,
tudo isso imóvel. Chegaram ao primeiro andar. E depois ao segundo. Olharam
para cima e viram a parte de baixo do elevador. A cabina gradeada. Estava à
espera no andar de cima. O último andar.
Reacher disse:
— Se começar a andar, desatamos a correr até lá abaixo. Chegamos lá
primeiro. Aquilo é bastante lento.
Mas não começou a andar. Limitou-se a ficar ali parado. Aproximaram-se,
para poder ver o interior. Estava vazio. Porta fechada, à espera. Contornaram-no,
primeiro passando por trás e, a seguir, pondo-se ao lado dele, sempre a subir, até
que, por fim, pisaram o corredor do último andar.
Vazio.
Sinclair apontou. O terceiro quarto. Ao lado do de Reacher. Um dos
melhores. Só podia ser assim para o governo dos Estados Unidos. A porta estava
fechada.

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