Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

cartas de condução. Que se espalharam, cada uma para o seu lado. Reacher
fechou a porta, trancando-a. Foi à janela.
Nada para ver.
Tranquilo.


Sinclair revelou que conseguia identificar a carta de condução verdadeira
graças a um borrão de tinta de esferográfica, há muito esquecido, num dos
cantos. De ter ido levantar um cheque num banco de D.C., explicou, onde
precisou de mostrar uma identificação e onde o rebordo para se poder escrever
era apertado e estreito por causa da espessura do guiché à prova de bala do caixa.
O exuberante traço por baixo da assinatura tinha-se desviado para fora do cheque
e tocado na carta. E ela tinha esfregado a marca com o polegar, eliminando uma
parte e espalhando o resto.
Voltou a guardar a carta verdadeira na carteira, que, por seu turno, voltou a
guardar na mala. Deixou ficar a carta falsa em cima da mesa e sentou-se ao lado
dela. Prendeu-a com a unha, como se pudesse flutuar para longe.
— Suponho que isto levante um grande número de questões — disse.
— Uma, pelo menos — retorquiu Reacher.
— Só uma?
— Já perdeu alguma vez a carta de condução?
— É essa a questão?
— É.
— Não, nunca.
— Então eu diria que o senhor Ratcliffe tem com que se ocupar.
— E porquê ele?
— Porque não vão querer dar isto ao FBI. O risco de um escândalo é
demasiado elevado.
— Quem não vai querer?
— A Casa Branca.
— Esqueça a Casa Branca. Anda alguém por Hamburgo a fazer-se passar por

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