Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

— E funciona? — perguntou Reacher.
— Claro que funciona — respondeu o homem. — Estamos na Alemanha. Foi
recauchutado como um telefone normal.
Reacher marcou o número que se encontrava no cartão de visita de
Griezman. Do envelope com a impressão digital. Ouviu o telefone a chamar.
Funcionava. Alemanha. Recauchutado.
Griezman atendeu.
— Nós os dois somos simples detetives, esperançados de que possamos fazer
favores um ao outro — disse Reacher.
— Vai verificar-me a impressão — respondeu Reacher.
— Se me fizer uma coisa.
— Que coisa?
— Duas coisas, na verdade. Ponha uns tipos nuns carros nas proximidades
daquele bar que o Klopp frequenta. Com rádios. E fiquem à coca do tipo do
retrato. Mas não sejam óbvios.
— E?
— Há um apartamento a cinco ruas do bar. A mesma coisa, carros e rádios.
Sem ser óbvio. Mais cedo ou mais tarde, vai aparecer um miúdo saudita. Vai
ficar dentro de casa durante algum tempo e depois há de sair para um encontro.
Preciso de saber para onde ele vai, em tempo real.
— Isso é imensa gente e imensos carros.
— Estamos na Europa. Para que mais os querem?
— E quando?
— Imediatamente.
— Isso não vai ser possível. Vai demorar algum tempo a organizar.
— Quer ou não quer que eu verifique a impressão digital?
Griezman ficou calado por um instante e, a seguir, responde que sim, queria,
e fê-lo com um pouco mais de entusiasmo do que Reacher contava. O tipo tinha
muito orgulho no que dizia respeito ao departamento. Queria encerrar o caso.
— Faça tudo o que puder por mim e eu faço tudo o que puder por si —
afirmou Reacher.

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