Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

cálculo.
— Porquê?
— O preço — respondeu Reacher. — Cem milhões de dólares. Não me saem
da cabeça. É imenso dinheiro. E merece toda a nossa atenção, claro. Mas está a
adquirir proporções exageradas. Não consigo pensar em mais nada.
— Evidentemente.
— E o que é que isso quer dizer?
— Porque achas que a Sinclair ficou menos furiosa contigo do que seria de
esperar?
— Se calhar, concorda secretamente comigo.
— Não — retorquiu Neagley. — Ela gosta de ti.
— Mas estamos na secundária ou quê?
— Mais ou menos.
— Okay — soltou Reacher.
— Confia em mim — insistiu Neagley. — Ela estava lá e tu estavas aqui. E
agora também está cá. Não é preciso tirar nenhum curso superior. Pouco é
melhor do que nada, seja qual for o alvo. Ela sente-se sozinha. Vive numa casa
grande e vazia, numa rua suburbana.
— Sabes isso?
— Estou a imaginar.
— Não me parece nada que goste de mim — afirmou Reacher.
— E tu gostas dela?
— Mas és a minha mãe ou quê?
— Devias ter-lhe dado mais ouvidos.
— A quem?
— À tua mãe. Era francesa. Essas senhoras sabem da poda.
— Mas agora de que estamos a falar ao certo?
Neagley não chegou a responder, já que o telefone do quarto tocou.
Griezman. Reacher pô-lo em alta-voz. Griezman explicou que os homens dele se
encontravam a postos e que a vigilância se poderia considerar oficialmente ativa
a partir daquele momento. O átrio do prédio, sem elevador, dava para seis

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