Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

ser manuseada por pessoas que vivem em grutas.
— Então, informações secretas.
— A que um soldado tivesse acesso?
— Quer dizer que ele está no exército por ser um patriota?
— Se calhar, um juiz aconselhou-o a desaparecer da cidade e ir servir o país.
Como alternativa.
— A quê?
— A um quinto encontro imediato com a acusação. Se calhar, o Wiley
percebeu que não ia continuar um sortudo para sempre.
— Mas não há registo de nenhuma detenção há três anos — retorquiu
Landry.
— Nem seria de esperar. Teria sido um sussurro ao ouvido. Estava sempre a
acontecer isso.
— Estamos nos anos 90.
— Mas, se calhar, em Sugar Land, não.
— O gajo encontrou-se com o saudita. E agora vai encontrar-se com ele
outra vez. Tem de haver uma razão.


Neagley foi-se embora e Reacher ficou sozinho no quarto, pois seria para ali
que Griezman telefonaria primeiro. Não havia dúvidas. Por pura cortesia. Dois
simples detetives, esperançados de que pudessem fazer favores um ao outro.
Sinclair seria a segunda pessoa a quem ele ligaria. Mas o telefone não tocou.
Reacher estava com comichão no pescoço, conforme acontecia sempre que
cortava o cabelo. Tirou a t-shirt nova e sacudiu-a. A seguir, despiu-se por
completo e tomou outro duche, com a porta aberta e sempre com um ouvido,
alternadamente, longe do fluxo da água. O telefone continuou sem tocar. Secou-
se com a toalha, voltou a vestir-se e espreitou pela janela. Depois sentou-se
numa cadeira de veludo verde. E o telefone sempre sem tocar.
Alguém bateu à porta.
Sinclair.

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