E Sinclair respondeu:
— Não vamos ter nenhuma em trinta minutos. Mas ainda temos um carro
junto à casa. Vamos saber quando ela chegar para passar lá a noite. O que nos dá
várias horas.
— Isso é só metade do bolo. Não apanhamos o Wiley.
— Desta vez, não. Mas devem ter combinado outro encontro. Estamos a falar
de uma negociação com várias etapas. Talvez ela nos diga onde e quando.
— O melhor é cair-lhe em cima já. Ela julga que já terminou o trabalho. Está
a sair de um estado de euforia. Tem a adrenalina em baixo. Vai ficar mais
corajosa de manhã.
— Vou ligar ao Ratcliffe — anunciou Bishop, desligando de seguida, com
um ruído crepitante e longínquo.
A nova mensageira foi tocada na perna por um homem e no traseiro por
outro, mas ignorou-os e continuou a abrir caminho pela multidão. Interrogou-se
se achariam que era empregada do clube. Tinham-lhe explicado os
comportamentos ocidentais. Conseguia ver Wiley mais à frente, a observá-la.
Um olhar fixo, sincero e interessado. Talvez achasse também que ela era uma
empregada. Aproximou-se e inclinou-se junto ao ouvido dele, para que Wiley
pudesse ouvir mesmo com o barulho, dizendo, num inglês cuidadosamente
treinado:
— Trago-lhe saudações dos seus amigos do oriente. O Aeroporto Regional
de Sugar Land eleva-se vinte e cinco metros acima do nível do mar.
— Ora, ora, esta é mesmo a melhor de todas — soltou Wiley.
— É? — retorquiu ela, hesitantemente.
— Enviaram uma rapariga.
— Sim, senhor, enviaram.
— E falas inglês.
— Sim, senhor, falo.
E foi então que Wiley perguntou de repente: