existem respostas erradas. E também não existem respostas parvas. Precisamos
de tudo o que nos puder dizer. Qualquer impressão, por mais pequena que possa
ser. Não me interessa se é estúpida ou não. Portanto, não se retraia. Deite tudo cá
para fora. E depois tem direito a tirar o resto do dia em Hamburgo. Pode ir
espreitar as discotecas.
Coleman assentiu.
— Há quanto tempo conhece o Wiley?
— Esteve praticamente dois anos na nossa unidade.
— Um tipo velho, certo?
— Bem mais velho do que o meu irmão mais velho.
— E achou isso esquisito?
— Um bocadinho.
— E tinha alguma teoria que explicasse por que razão ele esperou tanto
tempo?
— Acho que tentou outras coisas primeiro.
— E alguma vez falou delas?
— Não, senhor major — respondeu Coleman. — Ele era superfechado.
Gostava de guardar segredos. Todos nós sabíamos que ele escondia coisas.
Estava sempre a sorrir sozinho, sem dizer nada. Mas, como era velho,
achávamos que não havia problema. Achávamos que ele tinha direito. E isso
também não impediu ninguém de gostar dele. Era um tipo popular.
— E era muito dedicado?
Coleman começou a responder, mas depois parou.
— O que foi? — perguntou Reacher.
— O senhor major pediu impressões estúpidas.
— Eu gosto de coisas estúpidas — retorquiu Reacher. — Às vezes, as coisas
estúpidas são tudo o que temos.
— Bom, senhor major, a mim parecia-me que não eram só segredos. Parecia-
me ser todo um plano secreto. Para a vida dele. Dia a dia. Sim, era muito
dedicado. Fazia tudo e nunca se queixava. Até as partes da treta. E agora é quase
tudo uma treta. Ficava com uma expressão muito particular. Estava feliz, por
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1