necessário.
— O tipo está a fazer a entrega — retorquiu Dremmler. — Deixámos passar
a coisa.
— Não, não há dúvida de que a carrinha está vazia. Ele acabou de a alugar.
— Então é porque vai buscar qualquer coisa a outro sítio. O que é muito mais
interessante. Mantém-me informado. Faz com que seja eu o primeiro a saber.
— Okay.
— A outra coisa é que parece que não resultou, infelizmente.
— O Reacher?
— Antecipou o que ia acontecer. E levou pessoas. Fez uma emboscada à
emboscada. Um grupo de doze, dizem os meus homens. Todos com armas
militares. Mais ele. Os meus homens não tiveram hipótese.
Wiley estava abrangido por uma autorização de noventa e seis horas na noite
em que a carrinha foi roubada. Paradeiro desconhecido. Foi a primeira coisa
revelada pelas ordens de destacamento. A localização dele imediatamente
anterior tinha sido o aboletamento habitual, numa base a alguns quilómetros para
nordeste da casa de móveis de família. Mas não a muitos quilómetros, pensou
Reacher. A dezenas e não a centenas. Wiley conhecia aquela zona. Já lá tinha
estado várias vezes. Era tudo razoavelmente local. Como de Sugar Land para a
Baixa de Houston. Uma viagem de autocarro.
Cronologicamente, as ordens mostravam Wiley a chegar à Alemanha e, a
seguir, a andar de um lado para o outro, entre o que antes constituía uma posição
avançada na zona de combate e uma posição mais na retaguarda, num armazém
de manutenção. Que correspondia à base a nordeste de Frankfurt. E também
tinha havido destacamentos regulares e voluntários para um armazém a uns
cinquenta quilómetros para oeste. O que em tempos fora um armazém com
material de reserva tinha-se tornado, por essa altura, uma lixeira com coisas de
que já ninguém precisava. Os membros da unidade de Wiley podiam voluntariar-
se para ir canibalizar peças de máquinas já reformadas. O oficial executivo