Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

ele. Precisamos de estar na mesma sala. Precisamos de ver a linguagem corporal
dele.
— Precisamos? Não podemos voltar todos para os EUA. Nesta altura, não.
Nenhum de nós devia voltar para os EUA.
— E ninguém vai fazer isso. O Helmsworth é que vem ter connosco. Se está
em Benning, pode ir até Atlanta. Apanhar o voo noturno. Podia cá chegar
amanhã de manhã. Acho que o estado-maior general devia ordená-lo a
apresentar-se imediatamente em Hamburgo, aqui no consulado.
— Por causa de uma lenda de infância, mais ou menos recordada e críptica,
de outra pessoa?
— O Ratcliffe disse que temos direito a tudo de que precisarmos.
— Estamos a falar de um general de duas estrelas.
— O que quer dizer que se vai pôr a milhas de qualquer coisa que seja
inconsistente ou especulativa. E que vai fazer o mesmo, com o dobro da rapidez,
em relação a qualquer coisa que seja sequer remotamente controversa. Não vai
funcionar pelo telefone. Ele precisa de ver a cara do NSC. E nós precisamos de
ver a dele.
— É muita fruta para uma jogada de último recurso.
— Estamos no estrangeiro. Possivelmente, há cá um inimigo estrangeiro.
Ainda lhe vão dar outra medalha. Teoricamente, até é possível que receba uma
Estrela de Prata.
— Por apanhar um avião?
— Estamos a falar de um general de duas estrelas. Recebem medalhas como
quem acumula milhas aéreas.
— De certeza que precisamos dele?
— Não deixar pedra por virar.
Sinclair fez o telefonema.
Foi então que, do lado de fora da janela, se ouviu um leve som longínquo.
Um pop pop abafado e surdo e um silvo de ar cavernoso. E, a seguir, mais do
mesmo. Pop, pop pop. A parte mais recôndita do cérebro de Reacher disse-lhe
pistola, provavelmente, com cartuchos de nove milímetros, num ambiente

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