Escola da Noite

Reacher entrou, para descobrir que Neagley tinha ganho a aposta em que
arriscara cinco dólares. E tinha uma pauta de telex para o comprovar. Previra que
os tais comandantes não chegariam aos dez e ganhara graças ao número mais
baixo possível.
Em 1955, o Exército dos Estados Unidos possuía bem para cima de um
milhão de homens. E um dos membros dessa força era um jovem primeiro-
tenente de seu nome Wilson T. Helmsworth. Tinha saído de West Point e de
várias escolas de especialistas pouco tempo antes. Andava a colecionar posições
de comando umas atrás das outras, nas divisões paraquedistas. Tecnicamente,
fora várias vezes o oficial superior de Arnold Mason. Até era teoricamente
possível que os dois se tivessem conhecido. Num qualquer contexto formal.
Talvez num desfile. E não a beber jolas. Mais tarde, Helmsworth tinha
continuado a subir e, pelo caminho, especializara-se em tudo o que estivesse
relacionado com um paraquedas. Em determinadas ocasiões, tinha sido o
detentor dos recordes todos. Incluindo a queda livre. Escreveu uma série de
livros sobre táticas dos paraquedistas militares.
Depois sobreviveu a uma longa guerra na selva, onde a folhagem era cerrada,
o ar nebuloso e a infantaria estava a borrifar-se para as táticas dos paraquedistas.
E saiu com uma promoção. Aderiu cedo à teoria das forças especiais e, passadas
umas vinte e tal gerações, continuava ali bem embrenhado, agora no comando
geral da formação em Fort Benning, na Geórgia. Onde as coisas duras tinham
sido inventadas. O major-general Wilson T. Helmsworth. O único comandante
subalterno nas divisões paraquedistas, da época da Guerra Fria, que ainda usava
a farda verde. Do exército das botas castanhas para o exército das botas pretas e,
a seguir, para o exército da New Balance. Tenaz. Uma hipótese num milhão,
literalmente.
— Atualmente, encontra-se em Benning — anunciou Neagley.
— Ele precisa de trinta minutos para se poder fazer um telefonema. É um
homem ocupado — afirmou Sinclair.
— Não podemos fazer isto pelo telefone — retorquiu Reacher. — Tem de ser
cara a cara. O tipo já está há quarenta anos no exército. Dar tangas há de ser com