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A velha zona das docas ainda tinha cabinas telefónicas, que, sendo alemãs,
ainda funcionavam. Wiley ligou para Zurique e pagou o custo da chamada, uma
nova longa sucessão de moedas estrangeiras, indicando depois o número de
código e perguntando se, nesse dia, já tinha sido feito algum depósito na conta
dele.
Ouviu matraquear num teclado.
Houve uma pausa.
E a resposta foi:
— Sim, senhor. Foi feito um depósito.
Wiley ficou calado.
— O senhor deseja saber o montante?
Wiley respondeu que sim.
— Cem milhões de dólares americanos e zero cêntimos.
— Já há um plano preparado — retorquiu Wiley.
— Já vi que sim. O projeto na Argentina. Deseja que lhe demos início de
imediato?
— Sim — respondeu Wiley.
E fechou os olhos.
O sítio dele.
Visível do espaço.
O pequeno Horace Wiley. Abriu os olhos, desligou o telefone e, a seguir,
voltou a fazer o mesmo caminho.