Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

ou no outro. Nenhum camião, carrinha, carro ou bicicleta e ninguém a pé.
Nenhum movimento, ponto final. Reacher pediu a Griezman para dizer ao tipo
para bloquear a estrada com o carro se visse aparecer uma carrinha de
distribuição. Provavelmente branca e provavelmente com a matrícula original,
mas nem uma coisa nem outra era certa. Podiam-na ter pintado com outra cor ou
terem-na disfarçado de outra forma. Mais valia prevenir do que remediar. Se
visse aparecer qualquer carrinha de distribuição, o tipo devia bloquear as faixas
de rodagem e preocupar-se com as perguntas depois.
Griezman perguntou porquê.
Reacher respondeu-lhe que a ideia era despachar o assunto antes de a NATO
se meter ao barulho. O que achou que Griezman fosse interpretar como uma
hipótese de glória e reconhecimento individual. Talvez o tipo se quisesse
candidatar um dia a presidente da câmara.
Griezman explicou ao polícia de trânsito o que devia fazer.
— Vamos dar uma vista de olhos — disse Reacher.
Griezman avançou pela rua fora, com os pneus a tamborilar nas pedras
arredondadas, e atravessou a ponte de metal retangular, com o piso desta a
zumbir e a retinir, seguindo-se mais pedras e depois a opção entre duas maneiras
essenciais de explorar o local do ponto mais próximo ao mais longínquo. Uma
era o próprio cais e a outra uma via principal, mais afastada da água.
— Para que lado? — perguntou Griezman.
— Pela porta dos fundos — respondeu Reacher.
Aqui e acolá, havia sinais de vida. Um tipo estava a soldar um carro
desportivo numa garagem, com as portas escancaradas. E havia outro com uma
loja de material eletrónico. Mas, de um modo geral, a maré já esvaziara. A
distância entre o ponto mais próximo e o mais longínquo era de três quilómetros
certos, podendo contar-se o número de empreendimentos pujantes pelos dedos
de duas mãos.
— Acha que devíamos voltar e espreitar a parte do meio? — perguntou
Griezman.
Reacher assentiu e disse:

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