zunindo e deslizando nos rolamentos de nylon. Trinta centímetros. Quarenta e
cinco centímetros. Sessenta centímetros.
Reacher parou.
Merda.
Cruzou o olhar com o de Neagley no retrovisor e fez o gesto de cortar o
pescoço com o cutelo da mão.
Abortar.
Já.
Neagley saiu da carrinha pelo lado do passageiro. Pela respetiva porta.
Percorrendo o flanco pintado. E seguindo Reacher até um ponto seguro.
Orozco e Hooper voltaram do carro.
Na direção contrária, já havia uma dúzia de funcionários a observar. Um
autêntico grupo. Continuando a formar a mesma ponta de flecha indefinida. A
cinquenta metros de distância. Acercando-se pesadamente.
— O que se passou? — perguntou Neagley.
— Deviam estar dez bombas na carrinha — respondeu Reacher. — Mas só
contei nove.
Hooper e Reacher nunca se tinham visto antes, por isso Reacher tinha a
certeza de que Hooper não ia dizer nada. Nem Orozco. Cortesia do velho mundo
a mais. Seria Neagley a dizê-lo. Iria juntar uma dezena de teorias alternativas, a
começar por navios de regresso ao Brasil ou por carrinhas a seguir para Berlim.
E depois a terminar, das duas uma, em resoluções bem-sucedidas ou em zonas de
explosão, bolas de fogo e um milhão de mortos. Dependia tudo de uma pergunta
crucial.
Que ela iria fazer.
— Tens a certeza de que contaste bem? — soltou.
Ele sorriu.
— Vamos usar a regra das duas pessoas — disse. — Uma salvaguarda
nuclear básica. O Hooper devia ir lá ver. Mal me conhece. Continua a ser um