esticados e afastados do corpo, com os pulsos dobrados e as mãos abertas, as
palmas perto da cama, a pairar, planando numa almofada de ar invisível, como se
se estivesse a equilibrar. E estava mesmo. Como anteriormente. Estava a
equilibrar-se num determinado ponto, apoiando o peso inteiro nele, balançando-
se para trás e para a frente, desviando-se ligeiramente para um lado e para o
outro, como que perseguindo uma sensação, encontrando-a, perdendo-a e
encontrando-a de novo, até ao final ofegante.
Na manhã seguinte, Reacher chegou cedo a Belvoir. A mesma sala interior. A
mesma mobília dourada e o mesmo punhado de bandeiras. O chefe do estado-
maior a presidir. O que era simpático. Havia quatro condecorações para atribuir.
As primeiras quatro correspondiam a Medalhas de Louvor do Exército. Não
eram tão bonitas como a Legião de Mérito. Mas também não eram a pior coisa
que ele já tinha visto. Um hexágono em bronze, com uma águia esculpida. A fita
era de um verde fresco, da cor da murta, com risquinhas e barras brancas. O
equivalente a uma Estrela de Bronze, só que não na guerra.
Fica com a bugiganga e não abras a boca.
A quinta condecoração era uma Estrela de Prata para o major-general Wilson
T. Helmsworth.
Seguiram-se umas andanças de um lado para o outro, umas conversas de
circunstância e uns apertos de mão. Reacher foi-se aproximando da porta.
Ninguém o deteve. Entrou no corredor. Não lhe apareceu nenhum sargento.
Tinha o resto do dia só para si.