Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

Sinclair perguntou:
— Major Reacher, quer ir a Hamburgo já com base em quê?
E Reacher respondeu:
— Com base no facto de o senhor Ratcliffe ter dito que tínhamos direito a
tudo o que quiséssemos.
— O agente Waterman ou o senhor White levantariam alguma objeção se o
major Reacher fosse a Hamburgo sozinho? — perguntou Sinclair.
— Não — respondeu White.
— Desde que vá com a condição de não fazer mal a ninguém.


Uma vantagem de comunicar por intermédio da Ala Oeste cifrava-se num
êxito instantâneo quanto a companhias aéreas e hotéis. Passados trinta minutos,
Reacher e Neagley já tinham dois voos diretos na Lufthansa para essa mesma
noite e quartos reservados num hotel de negócios de Hamburgo não muito longe
do apartamento em questão, no bairro elegante que Sinclair tinha descrito,
razoavelmente central e bastante caro.
Ficaram o resto da tarde em McLean, concentrando-se em eliminar militares
comparando relatórios de operações e nomes. Um tipo não podia estar a
conduzir um tanque nas planícies orientais e a andar por Hamburgo, tudo ao
mesmo tempo. O número de possibilidades caiu a pique. O que dava a ideia de
progressos. A seguir, começaram a chegar os primeiros relatórios das
companhias aéreas relativamente a Zurique. Vanderbilt, o homem de White,
parecia ter percebido a essência da coisa e ofereceu-se para ficar a trabalhar até
tarde nessas verificações enquanto eles viajavam, para depois lhes ligar quando
aterrassem se surgisse algo importante.
A escola da cooperação, pensou Reacher. Quem diria?


Neagley levou-os até ao aeroporto no Caprice de Reacher e deixou o carro
no parque para estacionamentos de curta duração, às custas do governo. A versão

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