Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

— Não o conseguem encontrar. Ainda não tentou utilizar o passaporte. Por
isso, é provável que continue na Alemanha. Só que agora aquilo é um país
grande.
— E quem é o O-5 que não quer dizer onde estava?
— Um comandante de infantaria.
— Perguntaste por aí?
Não havia coscuvilhice mais eficaz.
— O tipo é de confiança — respondeu Neagley. — Mas não viu grande ação
no Golfo e agora não tira os olhos do Leste, à procura dos soviéticos através da
neblina, só que eles já se foram há muito. Portanto, anda frustrado. E, de vez em
quando, mostra-se bastante ruidoso quanto a isso.
— Um descontente.
— Mas não o pior de sempre.
— E porque não sabem onde ele esteve?
— Ele arranjou maneira de ter carta-branca. Investigação de armas e táticas
novas. Umas tretas desse género. No futuro, as coisas vão ser flexíveis e leves.
Por isso, viaja imenso. E, normalmente, não tem de dizer para onde. Só que
desta vez perguntaram-lhe e não lhe conseguiram arrancar nada.
— E agora onde é que ele está?
— Mandaram-no para casa. Porque a pergunta veio da Ala Oeste. É o
presidente que está a perguntar. Ninguém sabe o que fazer a seguir. Ninguém
sabe se é alguma coisa ou se não é nada.
— Devíamos pôr essas palavras na insígnia da nossa unidade. Como um
lema num rolo de pergaminho, por baixo de dois pontos de interrogação
cruzados.
— De certeza que o aboletamento dele fica perto do Pentágono. Posso
garantir que o futuro dele inclui conversas de importância elevada. Podemos
localizá-lo, se quiseres falar com ele.
E depois ela disse:
— Espera.
Pôs-se a vasculhar no monte de listas.

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