Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

— E que vai fazer? A quem vai contar? O que vai dizer?
— O presidente vai dizer ao estado-maior general que o senhor não interessa
ao NSC. Neste assunto, não. Depois disso, é imprevisível. Imagino que dependa
de com quem tenha de falar. E do barulho que a sua mulher resolva fazer.
Deixaram-no junto ao passeio, à porta da casa, e depois arrancaram de volta
a McLean.
Inimigos de toda a espécie.


Registaram a conversa com Bartley, incluindo-a no arquivo central. A seguir,
Neagley atendeu um telefonema e informou Reacher de que o homem que estava
ausente sem autorização há quatro meses se chamava Wiley. Era do Texas. Fazia
parte de uma equipa de cinco homens responsáveis por uma bateria de mísseis
antiaéreos Chaparral. Ao todo, doze mísseis num veículo com lagartas. Quatro
já instalados, prontos a disparar, e outros oito à espera. Para proteger veículos
blindados e tropas no extremo mais avançado do campo de batalha. A ideia era
permanecer atrás da linha da frente dos tanques e recorrer ao radar e aos
binóculos para sondar a linha do horizonte adiante. À procura de caças-
bombardeiros e de helicópteros de ataque. E, a seguir, disparar e esquecer.
Mísseis guiados pelo calor, como os velhos Sidewinder, mas melhores.
Concebidos exclusivamente para baixa altitude. Quando o inimigo descia a
pique para desferir o golpe fatal.
Reacher disse:
— Uma coisa perfeita para derrubar aviões civis de passageiros a sobrevoar
cidades. Durante a descolagem ou aterragem. Quando ainda estão a baixa
altitude.
E Neagley retorquiu:
— É muito grande. Só os mísseis têm três metros. O camião é gigantesco. E,
além do mais, tem lagartas e está pintado de cores de camuflado. As pessoas iam
reparar, no parque de estacionamento do aeroporto. E aquilo também vem com
um radar de aviso local. E os sensores infravermelhos são complexos. Houve

Free download pdf