Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

com um árabe num bar. Uma coisa qualquer esquisita. Só que foi exatamente no
mesmo dia e exatamente à mesma hora. É possível que o primeiro encontro
tenha sido testemunhado.


White ligou para o consulado e deram-lhe os números de que precisaria para
Hamburgo, incluindo dois relativos ao manda-chuva, que, pelos vistos, era um
tipo grande e gordo chamado Griezman. O chefe dos detetives. No consulado,
conheciam-no bem. Já passava do horário de trabalho normal em Hamburgo,
mas ele ainda estava no gabinete. Continuava à secretária. Atendeu de imediato.
White pôs o telefone em alta-voz e questionou-o acerca do relatório policial.
Reacher ouviu-o passar em revista um monte de papelada. Não se lembrava
disso. E depois chegou lá. Aquela coisa esquisita com o árabe no bar.
Que tinha ido parar ao Consulado dos EUA.
O que significava que havia créditos a ganhar com isso.
O homem perguntou em inglês e muito educadamente:
— Em que lhes posso ser útil?
Como o porteiro de um hotel.
White respondeu:
— Precisamos do nome e morada da testemunha. E o mesmo para o bar.
Informações de fundo relativamente a ambos. E, possivelmente, vigilância a
ambos.
— Não sei.
— Posso fazer com que o seu chanceler lhe ligue. O seu chefe de Estado. E,
nessa altura, já vai saber.
— Não, o que eu quero dizer é que não sei. Não sei os pormenores. Sou o
chefe dos detetives. Esses relatórios passam-me pelo gabinete e mais nada. E,
em todo o caso, diz aqui que a testemunha é lunática.
— Mas é capaz de ver as horas, não?
— Okay, arranjo-lhes os pormenores. Com certeza. Amanhã, ao final do dia.
— Está a gozar comigo? Tem uma hora. E não conte a ninguém o que está a

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