Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

Vanderbilt acrescentou:
— E também não é um ato grandioso. Que é uma coisa a que por hábito dão
valor. Não é igual a explodir um prédio. Não há um momento único de clímax. É
um bocadinho técnico de mais.
Reacher afirmou:
— Então concordamos todos que estamos a perder tempo com
computadores.
— E por onde havíamos de começar?
— O que está o tipo a vender?
— Já discutimos isso.
— Já passou uma hora — avisou Waterman.
White marcou novamente o número de Hamburgo. Griezman atendeu. Tinha
nomes e moradas, para a testemunha e para o bar. A testemunha era um
funcionário municipal. Entrava ao trabalho de manhãzinha e saía após o almoço.
E daí o bar à tarde. Era um homem de convicções fortes. Algumas eram
ofensivas e todas estavam erradas. O bar ficava a cinco ruas da casa segura.
Dizia-se que era um sítio da pesada. Mas isso não era visível. Tinha um aspeto
civilizado. Austero, mas discreto. Homens de fato, sobretudo, com cortes de
cabelo normais. E ainda não antiamericano, desde que o americano fosse branco.
Terminada a chamada, Neagley descobriu o bar na planta de Hamburgo. E
disse:
— Não é o sítio de que gostámos tanto. Fica numa zona melhor do bairro. E
é muito fácil lá chegar a pé do apartamento. Menos de vinte minutos. O
momento bate certo. Acham que foi o ponto de encontro?
Reacher respondeu:
— Era o sítio certo, à hora certa. E com o ambiente certo.
— Precisamos de uma descrição por parte da testemunha. Talvez um retrato-
robô.
— E podemos confiar na polícia de Hamburgo? Ou é melhor irmos lá fazê-lo
nós?
— Não temos quem nos faça esse retrato. E talvez a testemunha não fale

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