Mente Cérebro - Edição 317 (2019-06)

(Antfer) #1
monitorar e também alterar a atividade elétrica de milhares
ou mesmo milhões de neurônios – técnicas capazes de de-
cifrar o que o pioneiro neuroanatomista espanhol Santiago
Ramón y Cajal chamou de “a selva impenetrável, onde mui-
tos investigadores se perderam”.
Esses métodos inovadores poderiam, em princípio, co-
meçar a preencher a lacuna entre o disparo de neurônios e
a cognição: percepção, emoção, tomada de decisão e, por
fim, a própria consciência. Decifrar os padrões exatos da ati-
vidade cerebral subjacente ao pensamento e ao comporta-
mento também fornecerá percepções críticas sobre o que
acontece quando circuitos neurais deixam de funcionar em
distúrbios psiquiátricos e neurológicos – esquizofrenia, au-
tismo, Alzheimer ou Parkinson.
Apelos para um salto tecnológico no estudo do cérebro
começam a ser ouvidos fora dos laboratórios. Há pouco mais
de três anos, o governo dos Estados Unidos anunciou o início

especial

SANTIAGO RAMÓN Y CAJAL, neuroanatomista pioneiro,
chamou a atividade elétrica
dos neurônios de “selva impenetrável, onde muitos
investigadores se perderam”

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