compartilhar o consultório. Merete se levantou e ajeitou a saia ao entrar. O
psicólogo fechou a porta, e Eva tornou a ficar só. Irritara-se por não conseguir
lembrar o nome do segundo filho do casal régio, para nem falar do terceiro ou do
quarto.
- Eva?
Ergueu os olhos. A psicóloga Henriette Møller olhou, admirada, para ela. - Eu disse alguma coisa?
- Não, mas já é a terceira vez que chamo você.
- Meu Deus, me desculpe! Eu estava completamente distraída.
Henriette Møller sorriu.
Eva se levantou e pensou em Merete, que estava sentada na sala ao lado; em como
a mulher tinha ajeitado a saia atrás para não ficar amarfanhada no traseiro. Eva
estava de jeans e não ficou nada à vontade quando sentou no sofá da psicóloga.
Henriette Møller fechou a porta. Ficou de pé em frente à mesa, anotando alguma
coisa num pedaço de papel. Sempre fazia isso quando Eva chegava e quando esta ia
embora. Será que anotava algo sobre a psique da paciente? Eva tinha vontade de
perguntar à psicóloga o que escrevia sobre ela. Talvez algo do que Torben tinha
lido, do que ele tinha sabido sobre Eva. - No que você estava pensando? – perguntou a psicóloga, sem se voltar.
- Agora há pouco?
- É. Você disse que estava completamente distraída.
Eva se deu conta de que tinha ruborizado. - Eu não conseguia lembrar o nome do segundo filho da princesa Mary. O nome
da menina. - E era nisso que estava pensando? Nos filhos da princesa consorte?
Eva assentiu com a cabeça: - Era.
- Por quê? – perguntou Henriette Møller, e sentou diante dela.