prestes a cometer uma injustiça.
- Também pode ser que alguém tenha confundido os celulares – sugeriu Kasper.
- Afinal, esses iPhones todos se parecem.
Torben não lhe deu atenção, nem tirou os olhos de Eva. - Você estava lá em cima – disse Helena a Eva.
Durante alguns segundos, Eva quis mostrar que não acreditava que estivessem
falando dela. Isso acabou ficando impossível, porém. - Eu não...
- Você está com a sua bolsa? – perguntou-lhe Torben.
- Estou. Eu a deixei na cozinha.
- Posso ver?
- O quê?
- A sua bolsa.
Eva não sabia o que dizer. - Foi você quem pegou o celular? – perguntou Torben.
- Não.
- Então, por que não posso ver a sua bolsa?
- Já chega. – Kamilla se colocou na frente de Eva, como um escudo humano. – O
que está acontecendo aqui, Torben? – Ela o olhou com desprezo. - O que está acontecendo? Ora, estou tentando esclarecer um furto.
- E daí? Você não pode querer revistar a bolsa de outra pessoa à força. É
propriedade particular, e você não é polícia. - Mas, se ela roubou o celular, eu imagino que vá ter que... – Torben engasgou. A
voz embargada o denunciou. Tinha ido longe demais e sabia disso. – Desculpe--me - disse, olhando para Eva. – Eu não pretendia culpar você de nada. Suponho que
simplesmente... Primeiro a Esther e agora um furto... - Está tudo bem – disse Eva, baixinho.
- Não, não está tudo bem porra nenhuma! – protestou Kamilla. – Faz quantos